Por Cristiano das Neves Bodart
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“Para o cientista social contemporâneo ser tachado de conservador é mais frequentemente uma crítica do que um elogio”, dizia Robert A. Nisbet. Para esse sociólogo a ofensa existente no termo reside na visão particularista de sua definição, mas que em uma visão geral, o termo “não pode ser restringido aos termos psicológicos de atitudes e respostas avaliativas”. Para ele, “nos termos contextuais históricos há também ideias conservadoras” (NISBET, 1970).
Caro Cristiano
Uma diferenciação entre conservador e reacionário pode ser esta: conservador é aquele que quer conservar o que aí está. Reacionário é aquele que não aceita o que está e quer voltar a um momento anterior que ele considera que era o melhor.
Sobre pensar a mudança social não foi somente Marx que pensou a mudança social. Durkheim pensou e escreveu muito sobre este tema, principalmente a educação na França e Weber pensou não só como o capitalismo surgiu, como também como ele foi se transformando. A temática mudança social sempre esteve no universo de nossos clássicos, incluindo Simmel.
Nelson Tomazi, primeiramente agradeço pelo comentário, o que sempre enriquece e amplia as propostas de discussões. Quanto a diferença entre reacionário e conservador, lembro-me de Marx ao apresentar uma diferenciação próxima, embora sendo reacionário o que deseja não só manter a ordem estabelecida, como retornar no passado. Certamente o tema mudança sempre esteve em pauta nas Ciências Sociais, mas optei em evidenciar um ponto renegado: a presença de elementos conservadores e, diga-se de passagem, até reacionário, nas ciências sociais. Outro ponto que busquei chamar atenção é que temos, normalmente, posições diferentes para questões diferentes. Abraços.
Ops, ficamos honrado em tê-lo como leitor. Espero que goste do blog.
Só agora estou lendo este "post" em seu blog, mais fiquei curioso e sem entender direito, não no termo conservador, este é bem simples de se entender, mas no "reacionário", este também não se aplica a que estar em uma situação, quase sempre de dominância, e se falar em mudar reage na mesma hora? Caso seja, teríamos os "extremistas" hoje no Brasil, os de esquerda e os de direita?