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Atividade: a música “Pão de cada Dia” e as contribuições de Karl Marx

Pão de cada Dia

Pão de cada Dia: Algumas contribuições marxianas a partir da música de Gabriel Pensador.

Por Cristiano das Neves Bodart**

 

 

Apresentamos nesse post uma música que pode ser explorada como recurso didática para discutir algumas contribuições de Karl Marx. Trata-se da música “Pão de cada dia”, de Gabriel, O Pensador. Segue a dica de atividade:

Primeiro momento: Explique aos alunos as principais contribuições de Karl Marx para a compreensão das relações de trabalho

Segundo momento: Passe no quadro as seguintes perguntas:

Atividade

  1. Em qual(is) trecho(s) da música é possível identificar a ideia de:
    • Exército de reserva.
    • Exploração do homem sobre o homem.
    • Apropriação de mais valia.

Terceiro momento: apresente a música para que eles respondam a atividade anterior.

 

Segue o vídeo/áudio da música:

Segue a letra da música:

Pão de Cada Dia

Gabriel, O Pensador

  

Mais um dia de trabalho querido diário
Eu ralo feito otário e ganho menos do que eu valho mas necessito de salário que é bem menos que o necessário
Hoje os rodoviários tão em greve por melhores honorários e eu procuro um que me leve
Eu tenho horário
Não posso chegar atrasado não posso ser descontado
Se eu falar que foi greve meu chefe pode ficar desconfiado
E se o desgraçado quiser me dar um pé na bunda eu vou pro olho da rua e rapidinho ele arruma outro pobre coitado
Desempregado desesperado é que mais tem (olha o ônibus!!) Hein?
Já vem lotado gente pra cacete vidro quebrado (Foi piquete) motorista com um porrete do lado
Ele furou a greve porque também teme ficar desempregado
Deixar seu filho desamparado
Quem sabe ser despejado do barraco
(E o aluguel lá no morro também já ta puxado
Eu nem sei se eu tô sendo otário ou esperto
Eu tô aqui mas também tô torcendo pra greve dar certo)
Eu fico calado porque eu também tô preocupado
O meu salário até o fim do mês já ta contado e o meu moleque tá todo gripado
Se eu tiver um imprevisto eu vou ter que comprar remédio
Num sei como é que eu faço
Eu num sô médico
Se precisar eu vou ter que pedir um vale na batalha
Como um esfomeado pede uma migalha
E o canalha lá pode até negar e aí vai ser pior
Porque o meu único ganha-pão é esse meu suor

Para acessar a letra completa clique aqui 

 

 

 

 

Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

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