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  • Tipo Ideal de Weber

    MPB da Sociologia: Tipo Ideal.
    Crítica e Resignação na Manhã de Carnaval (SILVA, Sérgio, COHN, Gabriel)

  • Alain Touraine, no Programa Milênio, da GloboNews

     Alain Touraine, no Programa Milênio, da GloboNews fala sobre temas ligados a atualidade, inclusive sobre o Brasil. Em entrevista à repórter Leila Sterenberg, sociólogo francês fez críticas ao sistema político brasileiro, mas se mostrou otimista em relação ao futuro do país.

     

    Touraine é um sociólogo de destaque da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, onde fundou o Centro de Estudos dos Movimentos Sociais.

  • XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais

    XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais

    logo conlab
    A cidade de Salvador foi escolhida para abrigar, pela primeira vez, o Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais, nos dias 07, 08, 09 e 10 de Agosto deste 2011. O Evento, que está em sua décima primeira edição, tem como tema as “Diversidades e (Des)Igualdades”, que serão discutidos em 11 eixos temáticos. Durante os quatro dias de evento, especialistas em ciências sociais e humanidades de diversos países estarão reunidos para debater a diversidade e a complexidade de sociedades diferenciadas, nos mais variados aspectos, como é o caso dos países de língua portuguesa.

    A programação acadêmica acontece no campus de Ondina da UFBA, e conta com a realização de eventos públicos e atividades culturais no centro histórico de Salvador. O XI Congresso Luso Afro Brasileiro está sendo organizado por um comitê composto de pesquisadores de todas as universidades publicas da Bahia, com a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia.
    O X Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais, aconteceu na Universidade do Minho- Campus de Gualtar – BRAGA – PORTUGAL de 04 a 07 de Fevereiro de 2009 e reuniu cerca de dois mil participantes. Para esta edição, estima-se um público ainda maior.
    A chamada para trabalho vai até o dia 14 de Março
    Site do evento: https://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=57
  • Estupro corretivo na África do Sul

    Estupro corretivo na África do Sul

    estuprocorretivo2
    Uma sugestão para debate em sala de aula são os estrupros “corretivos” praticados na África do Sul.
    Abaixo um texto conceitual, outros dois noticiários e, por fim,  possíveis questões para o debate.
    Texto para esclarecimento:
    Estupro corretivo é uma prática criminosa, segundo a qual um ou mais homens estupram mulheres lésbicas ou que parecem ser, supostamente como forma de “curar” a mulher de sua orientação sexual.
    O termo “estupro corretivo” foi usada pela primeira vez no início de 2000 por direitos humanos de organizações não-governamentais para descrever esses estupros cometidos contra Sul Africanas lésbicas
    Um ataque notável deste tipo foi em 2008, quando Eudy Simelane, um membro da mulher da equipa nacional de futebol da África do Sul e uma representante LGBT ativista dos direitos humanos na África do Sul, foi estuprada e assassinada em KwaThema, Gauteng.
    (LGBT ou ainda, LGBTTTs, é o acrónimo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (o ‘s’ se refere aos simpatizantes). Embora refira apenas seis, é utilizado para identificar todas as orientações sexuais minoritárias e manifestações de identidades de género divergentes do sexo designado no nascimento).
    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estupro_corretivo
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    Texto noticiado na mídia: 
    Publicado em 15/3/2009 às 01:05
    África do Sul: Cresce número de “estupros corretivos” 
    De 25 homens acusados, 24 são absolvidos; estimativa é que 500 mil estupros acontecem por ano no país. 

    De acordo com o grupo de direitos humanos ActionAid, em Joanesburgo e Cidade do Cabo, é crescente o número de ataques homofóbicos e estupros contra mulheres homossexuais como forma de punição ou “cura”.

    Um dos grupos de defesa de lésbicas e gays declara que lidam com 10 novos casos de mulheres vítimas de “estupros coletivos” por dia, apenas na Cidade do Cabo. A estimativa é que 500 mil estupros acontecem na África do Sul todo ano e que para cada 25 homens acusados de estupro, 24 são absolvidos.

    A maioria das vítimas declara que os estupradores dizem estar “ensinado uma lição a elas” ou mostrando como ser “uma mulher de verdade”. Zanele Twala, diretora do ActionAid da África do Sul, diz que “os chamados ‘estupros corretivos’ é uma manifestação grotesca da violência contra a mulher, a mais difundida violação dos direitos humanos no mundo de hoje. Esses crimes continuam crescendo e impunes, enquanto o governo simplesmente fecha os olhos”.

    Uma das vítimas disse ao ActionAid: “Nós somos insultadas todos os dias, batem em nós quando andamos sozinhas na rua. Você é constantemente lembrada de que merece ser estuprada. Eles acreditam que se te estuprarem, você vai virar hétero, comprar saias e começar a cozinhar, porque você terá aprendido como ser uma mulher de verdade.”

    No mais, o número real de mulheres assassinadas deve ser muito maior do que os dados revelam, porque os crimes de ódio com base na orientação sexual não são reconhecidos no sistema legal do país.

    Fonte:https://dykerama.uol.com.br/

     

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    Uganda: Jornal promove caça a homossexuais!

    Publicado a 22 Outubro 2010

    uganda jornal promove caca a homossexuais L IEFUjH

    Kampala, Uganda – Uma nota em primeira página de um jornal apresentou uma lista com 100  “top” homossexuais de Uganda. A lista trazia fotos, nomes e endereços. Isso foi o bastante para que uma nova “caça as bruxas” tivesse início.
    Desde o dia em que a nota foi publicada, pelo menos quatro gays que constavam na lista, foram atacados e muitos outros estão na clandestinidade, segundo a ativista Julian Onziema. Uma pessoa chegou a atirar pedras em sua casa.
    Um legislador desse conservador país Africano, apresentou um ano atrás um projeto de lei que previa pena de morte para alguns atos homossexuais e prisão perpétua para outros. Um alvoroço internacional se seguiu, e o projeto foi silenciosamente arquivado. No entanto, os gays de Uganda dizem ter enfrentado um ano de forte assédio e ataques desde a introdução do projeto.
    A legislação foi elaborada após a visita de líderes da “U.S. conservative Christian ministries”, que dizem promover uma terapia para que gays se tornem heterossexuais.
    “Antes da introdução do projeto de lei no Parlamento, a maioria das pessoas não se mentiam em nossas atividades. Mas, desde então, temos sido assediados por muitas pessoas que odeiam a homossexualidade”, disse Patrick Ndede de 27 anos. “A publicidade do projeto chamou a atenção sobre nós e eles começaram a nos maltratar.”
    Mais de 20 homossexuais foram agredidos no ano passado, em Uganda, e mais 17 foram presos, disse Frank Mugisha, presidente do grupo “Sexual Minorities Uganda”. Esses números estão acima do mesmo período de dois anos atrás, quando cerca de 10 homossexuais foram atacados, acrescentou.
    O projeto tornou-se politicamente danoso após a condenação internacional. Muitos ativistas gays denunciaram, e o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, assinalou aos legisladores que não deveriam levar o projeto adiante.
    A homofobia é abundante em muitos países Africanos. A homossexualidade é punida com a morte ou a prisão, na Nigéria. Na África do Sul, o único país Africano a reconhecer o casamento gay, gangues realizam os chamados estupros “corretivos” de lésbicas.
    Em 9 de outubro, o artigo de um jornal ugandense chamado “Rolling Stone”, não confundir com a famosa revista norte americana, foi publicado cinco dias antes do aniversário de um ano da controversa legislação. O artigo afirmava que uma doença desconhecida, mas mortal, estava atacando homossexuais em Uganda, e que gays estariam recrutando 1 milhão de crianças nas escolas.
    Depois de o jornal chegar as ruas, o governo ordenou que o jornal cessasse a publicação, não por causa do conteúdo, mas sim por que o jornal não tinha registro com o governo. Após completar a papelada, o Rolling Stone vai ficar livre para ser publicado novamente “, disse Paul Mukasa, secretário do Conselho de Comunicação Social.
    Esta decisão irritou ainda mais a comunidade gay. Onziema disse que uma ação judicial contra o jornal Rolling Stone está em andamento, mas ela acredita que a publicação vá apresentar o seu registro e voltar a publicar novamente.
    “Esse tipo de mídia não deveria ser permitido em Uganda. É pura incitação a violência e fomenta o genocídio de minorias sexuais”, disse Mugisha. “Os agentes da lei e do governo deveriam proteger as minorias sexuais de tais publicações.”
    O editor-chefe do jornal, Giles Muhame, disse que o artigo era “de interesse público.” “Nós sentimos que a sociedade precisava saber que tais personagens existem entre eles. Alguns deles recrutam jovens e crianças para a homossexualidade, o que é ruim e precisa ser exposto”, disse ele. “Eles se aproveitam da pobreza para recrutar ugandenses. Nós o fizemos porque a homossexualidade é ilegal, inaceitável e um insultos ao nosso estilo de vida tradicional.”
    Os membros da comunidade gay expostos no artigo enfrentaram o assédio de amigos e vizinhos. Onziema disse que o projeto de lei já levou a desocupação de apartamentos, a intimidação na rua, prisões ilegais e agressões físicas.
    “Nós somos uma espécie em extinção no nosso país”, disse Nelly Kabali 31anos. “Estão nos olhando como se fôssemos marginais. Uma vez eu estava em uma boate com um amigo quando alguém que me conhecia me apontou para gritar: ” Há um gay! ” As pessoas queriam me bater, mas fui salvo por um segurança que me levou para fora.”
    Uganda tem cerca de 32 milhões de habitantes, onde cerca de 85 por cento são cristãs e 12 por cento são muçulmanos. Uganda ocupava em 2005 a 144º posição no IDH(Índice de desenvolvimento humano), que tem 177 posições. População subnutrida: 15%, esperança de vida ao nascer: 50,5 anos, domicílios com acesso a água potável: 64%, domicílios com acesso a rede sanitária: 33% e índice de analfabetismo de 27% dos habitantes com idade superior a 15 anos.
    Não é muito difícil, analisando esses números, identificar do porquê de Uganda ser um país tão homofóbico.Divulgar é uma ótima arma contra o preconceito

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    Questões para debate:
    1. Qual a intenção daqueles que cometem o estrupro corretivo? Em sua opnião, é uma atitude aceitável?
    2. Quais as possíveis motivações (sociais) desses estrupros corretivos? 
    3. Se atos como esse tratasse de uma manifestção cultural/social não seria desrespeito ir contra a tradição desse povo?
  • Estereótipo: Atividade compreendendo essa construção social

    Estereótipo: Atividade compreendendo essa construção social

    Estereótipo é um construção social comum em nosso cotidiano e que representa a percepção equivocada de muitas pessoas. Segue abaixo
    Uma boa dica para discutir a temática “ESTEREÓTIPOS” é realizar a leitura do texto abaixo, ler o fragmento da música “Loira Burra” de Gabriel Pensador e responder as questões propostas.
    Por fim, pode apresentar aos alunos alguns desenhos de Pedro Miguel do Nascimento Veliça (abaixo) de estereótipos e discutir as inverdades.

    Estereótipo: conceituação básica

    O estereótipo é simplesmente o “rótulo” com que costumamos classificar certos grupos de pessoas, e é muito mais comum do que possa parecer. É introduzido no seio da sociedade e se agrega a psique das pessoas por meio de anedotas, frases feitas, “adágios”, contos populares etc, pois, desde a mais tenra idade, as pessoas são condicionadas a acreditar que certos grupos de pessoas estão ligados a determinados atributos ou características. Este condicionamento, ou esta verdadeira lavagem cerebral, ocorre às vezes de forma bastante despretensiosa quando as pessoas, por exemplo, afirmam convictamente ou em tom de gracejo que “o negro é malandro”, “o negro só sabe jogar bola e sambar”, “o português é burro”, “o judeu é negociante e é capaz de vender qualquer coisa”, “o negro quando não erra na entrada, erra na saída”, “as mulheres só têm jeito para cuidar de crianças, velhos e pessoas doentes”, “as mulheres bonitas são burras”, “as mulheres não são boas para comandar porque são excessivamente emotivas”, “as mulheres só conseguem alcançar o topo da carreira seduzindo”, “os bahianos não gostam de trabalhar”, “o carioca é malandro”, “o brasileiro procura levar vantagem em tudo” etc.
    estereótipo filósofo

    Estereótipo Atividade

    1 – “Existem mulheres que são uma beleza. Mas quando abrem a boca…hummm…que tristeza!Não, não é o seu hálito que apodrece o ar. O problema é o que elas falam que não dá pra agüentar. Nada na cabeça, personalidade fraca. Tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca. Produzidas com a roupinha da estação. Que viram no anúncio da televisão. Milhões de pessoas transitam pelas ruas, mais conhecemos facilmente esse tipo de perua. Bundinha empinada pra mostrar que é bonita e a cabeça parafinada pra ficar igual paquita. Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra! Lôrabúrra. Ordem e Progresso, sua b… é um sucesso. Lôrabúrra! (Música “Lôrabúrra” de Gabriel, o Pensador).
    A partir do trecho da música “Lôrabúrra” é possível observar…

    a) uma atitude preconceituosa contra as mulheres brasileiras.

    b) Trata-se de um estereótipo discriminatório contra as mulheres que cuidam de seu corpo em academias e que se vestem bem..

    c) Trata-se de uma música que critica a etnia loira brasileira.

    d) Gabriel, o Pensador ao cantar esta música contribuiu para criar um estereótipo.

    2 – Comente a frase: “A BASE DO PRECONCEITO É O DESCONHECIMENTO SOBRE O FATO, OU SOBRE O OUTRO”.

    Descontruindo “falsas verdades” 
    estereótipo turista

     

    estereótipo cientista

     

    ecologista

     

    empreiteiro

     

    filosofo 1

     

    estereótipo vendedor de flores

     

    estereótipo loira

     

    estereótipo programador

     

    estereótipo rapper

     

    estereótipo tia
    estereótipo
  • Sociologia Clássica

    Sociologia Clássica

    PERÍODO DA SOCIOLOGIA CLÁSSICA 

     
    Período em que a Sociologia se autonomiza da filosofia e desenvolve o seu programa das revoluções francesa e industrial, estudando o urbanismo, o desenvolvimento do capitalismo, industrialismo etc…
    século xix
    Sec XIX Comte, Durkheim, Marx, Max, Simmel dedicam a sua vida a estudar os problemas sociais do séc XIX gerados pela nova situação industrial. Considerados os Pais fundadores da nova disciplina cientifica, sociologia. Neste séc a Sociologia fica distinta de outras ciências. Estes considerados clássicos elaboram as teorias em reacção ao iluminismo e á ver. Francês mas Marx foi considerado um revolucionário.  

     

    comte
    1- Auguste Comte – sociólogo Francês (1798-1857), por uma recusa do «espírito metafísico». Para o positivismo, com efeito, nenhum conhecimento pode proceder a não ser da observação e da experiência. Enuncia a lei dos três estados, segundo a qual o desenvolvimento da humanidade passaria por três fases sucessivas.O estado teológico, metafísico, positivo.
    Se o pensamento de Comte, profundamente evolucionista (a humanidade é suposta evoluir por etapas, cada uma das quais constituiria um progresso relativamente à precedente), foi criticado neste ponto, a sua preocupação em dotar a sociologia de bases científicas constitui um contributo considerável, tendo sido notável a sua influência sobre a sociologia francesa nascente e em particular sobre Émile Durkheim.
    – Inventou o termo sociologia para referir análise positivista dos fenómenos sociais e políticos que pensava estarem sujeitos ás leis naturais.
    – fundou o positivismo sociológico (concepção vinda do iluminismo)
    Pensamento positivo e quis fundar uma nova religião. Crença no positivismo e não no catolicismo.
    – È partidário do unitarismo metodológico ou naturalista para todas as ciências. (sociologias, letras…. Não devem ser distinguidos)
    – Reacção ao pensamento iluminista e revolucionário francês, combate a desorganização e anarquia.
    – teve influencia na sociologia assim como em Spencer e Durkheim também positivistas.
    durkheim2- Émile Durkheim – sociólogo francês (1858-1917), escola francesa de sociologia, preocupado com os fundamentos da coesão social e da sua evolução, estuda a passagem da solidariedade mecânica, fundada na similitude, característica das sociedades tradicionais, à solidariedade orgânica, fundada na complementaridade e produzida pelo processo de divisão do trabalho, que se afirma na sociedade industrial.
    Na sua obra As Regras do Método Sociológico (1895) afirma que «os factos sociais devem ser tratados como coisas», o que significa que o sociólogo deve conservar uma certa distância relativamente ao seu objecto de estudo, a fim de afastar sistematicamente todos os preconceitos e as falsas evidências que ameaçam, em cada instante, introduzir-se na sua análise.
    – Anti-socialista, a revolução é um mal desnecessário devido à mudança excessiva que traz, empenha-se em reconstruir a ordem social . Face aos problemas do capitalismo a ordem não foi revolução mas sim “reforma”, temem capitalismo e marxismo.- Estruturalista
    – positivismo sociológico (concepção vinda do iluminismo) – Pensamento sociológico no positivismo, naturalismo, objectivismo
    É estruturalista. Explica a estrutura social pelas relações de solidariedade ou ligação entre as pessoas. Distingue sociedade de cultura.
    – Distingue a modernidade da pré-modernidade pela existência de vínculos solidários de tipo orgânico.
    – Distingue uma entidade sui géneris com significado para si própria.
    – Os tipos de solidariedade social são vistos como estruturas, são sentidos pelos actores como constrangimentos exteriores às suas vidas.
    – tem do actor humano a concepção cognitiva, e não tanto avaliativa, visto que presume que num dado ambiente social, apenas um tipo de sistema moral é concebido racionalmente possível.
    -Na análise da estrutura social privilegia os padrões de solidariedade social que, corporizavam o consenso moral e a relação normativa.
    – A principal influência do utilitarismo e do liberalismo económico era a sua falha ao nível da solidariedade social pois, acreditava que a sociedade não podia funcionar sobre bases estáveis sem uma qualquer ordem normativa e que, o interesse próprio era incapaz de estabelecer a solidariedade e a coesão social, conduzindo antes, provavelmente, à anarquia moral.
    – este tal como Marx, concebe a sociedade em função da noção de estrutura social.
    – Distinguiu solidariedade mecânica, própria das sociedades tradicionais de solidariedade orgânica, própria das sociedades modernas.
    Inicialmente considerava que o paradoxo de uma sociedade baseada na diferença, ser capaz de estabelecer laços de solidariedade eficazes, se resolvia através da divisão do trabalho.
    – São os vínculos sociais de tipo orgânico que caracterizam a modernidade.
    – Para ele o fundamento da ordem social é a coerção social externa aos indivíduos.
    – Durkheim pertence á linha conservadora Francesa. – Inicio do funcionalismo
    – Segundo ele os factos sociais são exteriores às consciências individuais
    – 1902 foi docente na Sorbonne em Paris
    – Como herdeiro intelectual de Comte como conservador e cienticista. Liberal político e como comte termia a revolucionária.
    – Com ele (e já com comte) a sociologia adquiriu estatuto científico e tornou-se disciplina autónoma com métodos próprios.
    O desenvolvimento da teoria sociológica em França levou ao desenvolvimento fora das fronteiras. Ver Alemanha:
    3- Karl Marx(1818-1883) Alemão  militante revolucionário, filósofo, economista, mas igualmente sociólogo, ao tornar-se o teórico de um socialismo que anuncia como científico, interessa-se pelo processo de desenvolvimento capitalista e tenta revelar as suas contradições internas, insistindo particularmente nas oposições de classe, segundo ele, inelutáveis no seio da sociedade capitalista e que prefiguram o advento de uma sociedade sem classes: a sociedade comunista Publica em conjunto com Engels..
    Anti-liberal – as relações humanas face ao capitalismo devem ir em direcção ao comunismo, na revolução (estádio necessário de desenvolvimento humano) e luta de classes. Explica a estrutura social através da produção. É estruturalista. – Contribuiu para a resolução do problema da ordem considerando a coerção do poder económico a base da constituição da sociedade.
    – Concebo o social como domínio distinto da natureza, explica a relação entre estrutura social e acção humana relacionando-as com a evolução social e, por isso, pode ser considerado um teórico social clássico.
    – Apresenta a mudança social como processo evolucionista, a Historia, para ele, é vista como uma revelação progressiva.
    – Teoria crítica inspira-se no seu pensamento. Adere à crítica materialista, interessa-se pelos factos reais e não ideias abstractas.
    – Marx aplicou o método dialéctico (de Hegel) ao estudo dos fenómenos históricos. Hegel (filosofo alemão) um pensador que influenciou Marx
    – Concebe o homem como um ser produtivo. Culmina no capitalismo,
    – Marx e os seus seguidores dominam o pensamento alemão na 2ª metade do sec XIX e início do XX.
    – Centra-se no estudo do capitalismo uns privilegiados e outros (maioria) oprimidos e explorados.
    – Marx e Engels estudaram a forma como a opressão exercida por uma nação sobre outra, influenciava a luta de classes em ambas.
    marx4- Max Weber(1864-1920), Sociólogo alemão, particularidades da civilização ocidental, em racionalização ou, segundo a sua fórmula, de «desencantamento do mundo», assim como ao abandono dos impulsos mágicos no conj. dos domínios da vida social: da ciência à arte, a religião, o poder político e a economia.
    – È um teórico da acção (não é estruturalista) acentuando o ponto de vista do actor e não do grupo. Sofre influência do romantismo e idealismo alemão considerou a acção social subordinada à cultura e não à estrutura social. Coloca o sujeito no centro da relação de conhecimento.
    Concepção de estrutura tal como Marx é um resultado da acção humana mas não como produção. Fraqueza da sua teoria da acção só faz sentido no individualismo liberal do sec XIX… para ele a teoria marxista é simplista e economicista. Este trabalha em reacção a Marx.
    – Construtivista, antinaturalista, subjectivismo…
    – Anti-socialista, a revolução é um mal desnecessário devido à mudança excessiva que traz, empenha-se em reconstruir a ordem social. Face aos problemas do capitalismo a ordem não foi revolução mas sim “reforma”, temem capitalismo e marxismo.
    – Os actos mentais moldam ou dirigem a execução da conduta
    – Considerava que os sentidos atribuídos ao mundo social são socialmente construídos de acordo com diversos pontos de vista.
    – Aceitou a asserção de Rickert de que, organizamos as nossas concepções do mundo social mediante a referência a valores.
    – A modernidade deve ser associada à racionalidade.
    – Representa o pensamento sociológico alemão, clássico.
    – O trabalho de weber não se situa como o de Marx, no estudo do capitalismo mas no estudo do processo de racionalização que o capitalismo constituía uma parcela.
    – A autonomia do mundo das ideias relativamente aos factores económicos é uma das ideias centrais de weber.
    – Criou uma teoria de estratificação social.
    – Considerado subjectivista tal como Parsons
    Simmel5- Georg Simmel
    – Considera a modernidade como um conjunto de sensibilidades culturais incorporadas na interacção social
    – Considera o consumo como o expoente máximo da experiência sensorial da vida quotidiana moderna.
    – A questão de consumo foi retomada depois pela escola de Frankfurt
    – Caracteriza a modernidade a partir de conceitos de vida urbana e economia monetária.
    Alexis de Tocqueville- França  nasce1805-1859 – O principal teórico da democracia moderna é um nobre francês de velha linhagem (injusto não figurar como criador do pensamento sociológico), Alexis de Tocqueville, que escreveu dois grandes livros – De la démocratie en Amérique (1835-1840) e L’ancien régime et la révolution (1856), ambos sobre o mesmo tema, a grande transformação que marca o fim das sociedades aristocráticas. A sua originalidade foi ter identificado o movimento democrático como a mudança decisiva. Na sociologia politica de Tocqueville, a modernidade não se caracteriza essencialmente nem pela indústria, como quer Comte, nem pelo capitalismo e pela luta de classes, como quer Marx, mas pela igualdade social ou pela igualização das condições. – Liberal Francês
    – Marx via a sociedade como conflitos já tocqueville acreditava que o homem estava num processo de libertação e que a democracia ia trazer igualdade só havia o risco do individualismo.
    – Sua obra centra-se em 4 aspectos do estado democrático moderno: Carácter tendencialmente absolutizante, base de apoio popular, centralização e racionalização.
    – Achava que a maior ameaça à liberdade individual era o estado democrático totalizador.
    – Considerava importante que o Estado encorajasse a participação politica através de direitos explícitos de cidadania
    – Contrasta a autoridade tradicionalmente dispersa do “Ancient Regime” pré-revolucionário com a autoridade centralizada no estado democrático moderno.
    – Considera a democracia como uma forma totalitária de poder, sem precedentes.
    – Considera que o impacto do Estado na sociedade dependia de se imporem limites à sua acção.
    – Teoria da democracia
    É um estruturalista. Considera a revolução industrial a causa da transformação social, foi o fermento para a privacidade individual e para o despotismo do estado, propõe o equilíbrio entre individuo-estado com medidas. As falhas do seu pensamento foram devido à fraqueza na origem dos direitos da cidadania e na explicação das relações de grupos e estado.
    Engels O materialismo histórico, fundado por Marx e Engels  é a concepção inseparavelmente dialéctica e materialista da sociedade e da história. Materialista, porque se fundamenta no mundo material como primeiro e anterior a todo o psiquismo humano. Dialéctica, porque reconhece a função determinante das contradições objectivas da sociedade como um conjunto de relações e processos explicativos da história social. Com Engels, a expressão “materialismo histórico”, primeiro nas línguas alemã e inglesa, tornou-se sinónima de “teoria marxista das formações económicas da sociedade” e de outras equivalentes no seu muito vasto campo de aplicação
    – Marxista – mas com Pensamento sociológico no positivismo, naturalismo, objectivismo
    – Autor materialista
    – Engels e Marx estudaram a forma como a opressão exercida por uma determinada nação sobre outra, influenciava a luta de classes em ambas.
    – Materialismo histórico
    Louis Althusser Birmandreis, 1918 – Paris, 1990) – Filósofo francês. Cristão pela sua família e educação, em 1948 ingressa no Partido Comunista. Trabalha durante vários decénios na École Normale de Paris, onde reside, e onde, num arrebatamento de loucura, mata a esposa. Passa os seus últimos anos recolhido num sanatório. Após a sua morte aparecem textos autobiográficos que dão fé da sua doença mental e insinuam uma dolorosa contradição íntima entre a sua educação cristã e a teoria marxista, de que é eminente estudioso, analista e reformista. Althusser é um dos principais estudiosos do marxismo. Para desenvolver a teoria marxista utiliza como método de análise o estruturalismo. Num primeiro tempo, as suas preocupações centram-se nos fundamentos e métodos da investigação. Centra os seus estudos em Marx, cuja obra cimeira, O Capital, é em sua opinião um trabalho puramente científico e afastado dos interesses humanistas. Num segundo tempo, ocupa-se do estudo do pensamento de Lenine, e mais concretamente da sua obra Materialismo e Empirocriticismo. A sua conclusão básica é que o discurso teórico desta obra aclara a ciência da ideologia. Althusser serve-se da análise estruturalista, decompõe, para o seu estudo, o pensamento marxista e as leis que, segundo este, regem a vida do homem em sociedade.
    – Marxista – mas com Pensamento sociológico no positivismo, naturalismo, objectivismo
    – Autor materialista
    – É um representante da corrente marxista estrutural.
    Séc XX, O capitalismo do sec XIX não desapareceu mas transformou-se no sec XX, adaptou-se e veio a impor-se na época contemporânea. A teoria sociológica não abandonou as questões clássicas que lhe deram origem mas sim continuou a escrever sobre os problemas do capitalismo. Migrações, raças, mudança social, sociedade global de informação, delinquência, tráfico, problemas ecológicos etc.
    1917 – Revolução Russa
    1919 – Fim da Primeira guerra mundial
    1920 – Max Weber faleceu FIM TEORIA CLÁSSICA INICIO DA CONTEMPORÂNEA
    Fonte: TAVARES, Filomena. Teorias Contemporâneas. Caderno de Apoio.
  • Dica de simulação de julgamento em sala de aula

    Dica de simulação de julgamento em sala de aula

    Julgamento: Quando a sala de aula vira tribunal

    tribunal
    Abaixo um texto para fundamentar a situação e as orientações do andamento da aula
    Texto: O Animal
    Era uma maternidade pública daquelas em que as mulheres chegam, sabe Deus como ou de onde, sem nenhum preparo; sem pré-natal, sem condições sem dinheiro, sem saúde, sem alento, sem perspectivas. Até os médicos e enfermeiras tornaram-se desalentados. Afinal conviver diariamente com a miséria é suficiente para tornar a vida amarga.
    Mas, quis o destino que assim fosse: nasceram juntos, nessa mesma maternidade. Um porque a mãe não tinha onde cair morta, o outro porque se a mãe não fosse rapidamente socorrida cairia morta. E nasceram os dois de cesárea. E ainda assim, nasceram saudáveis, chorando forte, corados. Foram amamentados, pesados, medidos, esmiuçados e então devolvidos as respectivas mães. Foram amamentados, acarinhados, embalados e depois, um ficou na própria maternidade e o outro, assim que possível, transferido para casa de saúde particular.
    Um sozinho com a mãe solteira, o outro no seio de uma família agora aliviada das circunstâncias do nascimento em local tão impróprio.
    – Um acidente – diziam todos – Um acidente – dizia também a mãe solteira com o pequeno nos seios agarrado.
    Dois dias depois, cada qual seguiu seu destino, um, a favela; o outro o apartamento de frente para o mar. E ambos cresceram hígidos enquanto amamentados. Bonitos, saudáveis, risonhos. Depois, um já recebia outros alimentos que até sobravam, e o outro quando as tetas da mãe já não sustentavam, nem as sobras tinha para alimentar-se. E enquanto na casa de um os avós o disputavam, na favela a mãe desesperada não tinha mais com quem deixá-lo. E assim, num orfanato, acabou sendo abandonado.
    Cresceram, os anos passaram, um no seio da família, o outro no meio de estranhos e a ele ninguém se vinculava. Um superestimado, abençoado, o outro perdido, abandonado.
    Aos 6 anos, um matriculava-se no primeiro grau, o outro fugia com três pouco mais velhos para nunca mais voltar. Assim, enquanto um fazia da escola o caminho da sua vida, o outro fazia da vida na rua a sua escola. Um cada vez mais forte, saudável, o outro magrelo, perebento, desdentado. Enquanto um aprendia para alargar seus horizontes, o outro roubava estreitando cada vez mais o seu final.
    Os anos passavam e enquanto um ia galgando as escolas mais diferenciadas, o outro galgava os presídios mais apinhados. A seu modo cada qual recebia, dia a dia, mais e mais conhecimentos. Em pouco tempo, um usava a palavra como arma, e outro usava a arma como palavra. E, no exato dia em que se formava advogado, o outro empreendia mais uma fuga numa rebelião de presidiários. E ambos se tornaram notórios, um como defensor incondicional da pena de morte, o outro usando a morte como forma incondicional de sobreviver. O inimigo público número um, o mais procurado. Um tornou-se juiz de direito, o outro, terrível juiz das vitimas das ruas escuras e desertas. Ambos com o destino dos outros nas mãos, um com o código de lei da sociedade, o outro com a lei da sociedade sem código.
    Até que certo dia se encontraram. Um bateu o martelo condenando, ao mesmo tempo que lamentava não haver pena de morte para imputar a tamanho animal. O outro, o animal, acuado, algemado, lamentando a vida que teria de novo na penitenciária.

    E ninguém nunca soube que, naquela maternidade pública, trinta anos atrás, eles haviam sido trocados.

    Atividade:

    O texto acima, deixa subtendido, que o rapaz denominado “animal”, recebeu do Juiz a prisão perpétua, já que não há pena de morte. Refaremos o julgamento do réu, para confirmar ou mudar a sentença dada:
    – Defesa: Elaborar um texto de defesa para o caso e estipular uma nova pena.
    – Acusação: Elaborar um texto de acusação para o caso e confirmar a pena ou estipular outra.
    – Júri: Elaborar por escrito três questões para serem feitas a defesa e três para a acusação, com a finalidade de esclarecer os fatos e depois que todos forem ouvidos, estipular a sentença.

    Desenvolvimento:

    Os grupos elaboram seus textos, depois a Acusação começa falando, o Júri faz suas perguntas, fala a Defesa, Júri faz as perguntas, a Acusação faz sua réplica , a Defesa faz a tréplica e logo após o Júri se reúne e decide a sentença.

    Fonte: Grupo profsdefilosofiaesociologia · Profs. Filosofia e Sociologia DE Santos

  • Dinâmica julgamento para aula de Sociologia ou Filosofia

    Objetivo: Desenvolver a capacidade de argumentação, interpretação e julgamento.

    ATIVIDADE: Falar, ouvir e julgar

    Instrução: Os alunos são divididos em grupos de 3, cada um terá uma função que deverá ser revezada:

    Orador: Escolhe um tema e faz um comentário sobre ele.

    Secretário: Escreve o que vai sendo dito pelo orador.

    Juiz: Julga se o que foi escrito tem haver com o que foi falado e coloca sua observação abaixo do que foi escrito.
    Continua abaixo:

    A atividade possui três rodadas, sendo que cada membro deve passar pelos três papeis, no fim haverá um registro com as opiniões dos três e os seus julgamentos sobre o que foi escrito. Os temas podem ser mudados conforme o que está sendo trabalhado.

    TEMAS:

    1. Pena de Morte 2. Reforma das prisões 3.Uso de drogas. 4. Liberação feminina. 5. Política exterior.

    6. Ecologia 7. Matrimonio homossexual. 8. Corrupção 9. Sexo pré-matrimonial e extra matrimonial.

    10. Gente da Rua. 11. Trabalho voluntário. 12. Reforma política. 13. Divorcio. 14. Homossexualidade.

    No final o grupo deve responder as três questões:

    Questões:
    1. Quais foram as dificuldades que vocês enfrentaram em cada papel que interpretaram, secretário, orador e juiz?

    2. Que dificuldades vocês tiveram durante a escuta?

    3. O que vocês aprenderam sobre a capacidade de comunicação?

    Fonte: Grupo profsdefilosofiaesociologia · Profs. Filosofia e Sociologia DE Santos

  • Resumo direitos humanos

    Resumo direitos humanos

    dh

    Características dos Direitos Humanos

    Segue abaixo uma síntese das características dos Direitos Humanos.

    • SÃO PARA TODOS: SÃO UNIVERSAIS.

    • NÃO PODEM SER PELA METADE: SÃO INDIVISÍVEIS.

    • REALIZAM-SE JUNTOS, ESTÃO LIGADOS UNS COM OS OUTROS. PRECISAMOS DE TODOS

    ELES AO MESMO TEMPO. A FALTA DE UM PREJUDICA OUTROS: SÃO

    INTERDEPENDENTES.

    • A REALIZAÇÃO DE UM DIREITO AJUDA OS OUTROS; ENFRAQUECER UM DIREITO TAMBÉM

    ENFRAQUECE OS OUTROS: ESTÃO INTER-RELACIONADOS.

    • NÃO FICAM EM CIMA DO MURO. FAZEM OPÇÃO PREFERENCIAL. TOMAM PARTIDO. FICAM

    DO LADO DOS EXPLORADOS, DISCRIMINADOS, FRACOS E VULNERÁVEIS: NÃO SÃO

    NEUTROS.

    • NÃO SURGEM QUE NEM MATO NA FLORESTA E TAMPOUCO CAEM DO CÉU: TÊM QUE SER

    CONQUISTADOS COM MUITA LUTA.

    • NÃO É POSSÍVEL REALIZAR ALGUNS E IGNORAR OUTROS: SÃO INSEPARÁVEIS.

    • NENHUM DOS DIREITOS HUMANOS É MAIS IMPORTANTE DO QUE OS OUTROS: SÃO

    NÃO-HIERÁRQUICOS.

    • NÃO VIRAM REALIDADE DE REPENTE, DE UMA HORA PARA A OUTRA: SÃO

    PROGRESSIVOS (MAS PODEM SER DIMINUÍDOS OU PERDIDOS, SE NÃO SÃO

    SUFICIENTEMENTE PROTEGIDOS POR LEIS “QUE PEGUEM”, OU SE DESCUIDAR DA

    MOBILIZAÇÃO E DA LUTA)

    • NÃO SE PODE ABRIR MÃO DELES: SÃO INALIENÁVEIS

    • NÃO ADMITEM EXCEÇÃO, NEM JUSTIFICATIVA PARA SEREM VIOLADOS: SÃO

    INVIOLÁVEIS.

    Fonte:
    https://cursos.educacaoadistancia.org.br/

  • Direitos Humanos em Cordel

    Direitos Humanos em Cordel

    Direitos Humanos

    Segue abaixo uma dica para trabalhar os artigos dos Direitos Humanos de Forma descontraída – por meio da leitura de cordel.

    A Declaração Universal dos Direits Humanos (em Português) pode ser acessado em  tp://dh.educacaoadistancia.org.br/arquivos/textos/PDFonline_Preambulo.pdf

    ou se preferir pode baixar o original em:

    Segue abaixo o cordel:

    Introdução
    O pensamento humanitário
    Produziu transformação,
    Para o direito fundamental,
    Do homem ou cidadão.
    Americanos e franceses,
    Formalizam Declaração.

    Revoluções do século dezoito
    Vêm suscitar e favorecer,
    Os ideais filosóficos,
    De Rosseau e Montesquieu,
    Os quais contribuíram,
    Pró movimento crescer.

    A Declaração da França
    Foi universalizante,
    A iniciativa popular
    Foi sua representante.
    Hoje serve de modelo,
    Um documento marcante.

    A concepção francesa
    Era da individualidade,
    Mas num estilo lapidar
    Enfatiza a liberdade,
    A igualdade e o legal
    E ainda a propriedade.

    A Burguesia liberal
    Ajudou na revolução,
    Pois o absolutismo,
    Tinha a dominação,
    Mais adiante porém,
    Promoveu a opressão.

    O progresso industrial
    Acentua desigualdade,
    O trabalhador explorado,
    Ficou sem propriedade
    E sem salário condigno,
    Aumentou a gravidade.

    Nesse quadro avassalador
    Surge Marx o cientista
    Criticando a igualdade
    Feita por capitalista,
    Discutiu essas ideias,
    No Manifesto Comunista.

    A concentração de riquezas
    Na mão duma minoria,
    É o que provoca a miséria
    De toda uma maioria.
    Pra dividir esse bolo,
    Só com muita rebeldia.

    Assim continua o homem
    Em busca da perfeição,
    Pouco se preocupando
    Com a humanização,
    Apesar das deficiências
    Temos a Declaração.

    No ano de quarenta e oito
    Dia dez, mês do natal
    A Assembléia da ONU,
    De modo universal,
    Aprova os direitos do homem,
    Pra cumprimento integral.

    1
    Pelo artigo primeiro
    Somos iguais em dignidade,
    Direitos e nascemos livres,
    Pra agir com fraternidade.
    Fico triste em lhes falar,
    Que não é a realidade.

    2
    O segundo manda gozar
    Do direito e da liberdade,
    Sem utilizar distinção
    De raça , cor , religiosidade,
    Opinião política, riqueza…
    Será que isso é verdade?

    3
    As palavras do terceiro
    Nos diz o essencial,
    Todos têm direito a vida,
    A segurança pessoal
    E ainda a liberdade,
    Bonito! mais irreal.

    4
    O quarto é enfático,
    Proíbe a escravidão,
    Só que os juros pagos,
    Pra manter globalização,
    Está nos deixando servos,
    Eternizando a prisão.

    5
    Quinto vem ser o artigo
    Que não deixa torturar,
    Condena-se a Polícia
    Sem antes observar,
    Que a maior violência,
    É não poder se educar.

    6
    O sexto nos informar
    Que o homem tem o direito,
    Perante a lei do mundo,
    Ser tratado com respeito,
    Mas Países descumprem
    A regra deste preceito.

    7
    No sétimo somos iguais
    Não havendo distinção
    Diante a lei e o direito,
    Desses temos proteção,
    O forte ainda consegue
    Manter discriminação.

    8
    O oitavo nos ensina
    A procurar os Tribunais,
    Contra os atos que violem
    Os direitos fundamentais,
    Mas a suntuosa justiça,
    Pouco tem sido eficaz.

    9
    Ninguém, pelo artigo nono
    Será preso ilegalmente,
    Detido ou exilado,
    Se arbitrariamente,
    O descumprimento é flagrante,
    Analise historicamente!

    10
    O artigo dez não inventa
    Diz o fundamental,
    Igualmente temos direito
    A uma justiça imparcial,
    Tem País que ainda julga,
    Tem uma defesa legal.

    11
    Pelo onze não se acusa
    Sem devido processo legal,
    Tudo deve está previsto
    Na lei de cada local.
    Mas inocentes são vítimas,
    De bombardeio fatal.

    12
    Na regra do artigo doze
    Não haverá interferência
    Na vida privada, no lar
    Ou numa correspondência,
    Essas normas são violadas
    Até com muita insistência.

    13
    Fala o treze da liberdade
    De locomover e morar,
    Dentro de um território,
    Podendo sair e retornar,
    Mas existem ditaduras
    Que persistem em violar.

    14
    O quatorze dá direito
    A vítima de perseguição,
    Que pode procurar asilo,
    Em seja qual for a nação,
    Muitos Países descumprem
    E não dão essa proteção.

    15
    Pelo quinze fazemos jus
    A uma nacionalidade,
    Não podemos ser privados
    Dessa legal faculdade,
    Podendo até mudá-la,
    Se houver necessidade.

    16
    O dezesseis nos ensina
    Que maiores de idade,
    Podem contrair matrimônio,
    Por espontânea vontade,
    O duro é manter a família,
    Agregando-a a realidade.

    17
    O dezessete vem tratar
    Do direito à Propriedade,
    A qual não se deve violar
    Pela arbitrariedade,
    Poucos são donos de tudo,
    Muitos na precariedade.

    18
    Pelo dezoito somos livres
    Pra refletir e pensar,
    De cultuar religião
    Quando nela acreditar,
    Cristãos, judeus e outros,
    Teimam em se digladiar.

    19
    O dezenove complementa
    A ideia do anterior,
    Expressaremos opiniões
    Seja em que lugar for,
    Se não houver embaraços
    Com prepotente ditador.

    20
    O artigo vinte agrega
    Liberando reunião,
    Podemos pacificamente,
    Criar associação,
    Mas os ricos liberais,
    Preferem desunião.

    21
    O vinte e um nos indica
    Que podemos governar,
    Escolhendo representantes,
    Ou se um pleito conquistar,
    Mas voto é mercadoria
    E só ganha marajá.

    22
    Pretende o vinte e dois
    Dá segurança social,
    A que fazemos jus,
    Pelo esforço nacional,
    Mas educação e saúde,
    Estão num plano orbital.

    23
    Pelo artigo vinte e três
    O homem deve trabalhar
    Ter remuneração decente,
    E sindicato organizar,
    Os projetos globalizantes,
    Querem com isso acabar.

    24
    É no vinte e quatro
    Que podemos repousar,
    Ter lazer, férias com grana,
    E na Europa passear,
    Um sonho do operário,
    Que mal pode se alimentar.

    25
    É direito no vinte e cinco,
    Ter padrão de vida real,
    Alimentar-se, morar bem,
    Ter um bem-estar social,
    O difícil é ter acesso,
    Ao que é fundamental.

    26
    Agora pelo vinte e seis,
    Tenho que ter instrução
    Pra compreender a miséria
    E debater a questão,
    O poder sabendo disso,
    Destrói a educação.

    27
    O artigo vinte e sete
    Vem nos dá a proteção,
    Sobre o que se produz
    Pra cultura da nação,
    O nosso direito autoral,
    Não esboça reação.

    28
    O vinte e oito se apega
    Na ordem sócio-global,
    Pra que o estabelecido,
    Realize-se no total,
    O preceito é coerente,
    Mas não cumprem no final.

    29
    Prevê o vinte e nove
    A nossa obrigação,
    De respeitarmos as leis
    E também o nosso irmão,
    No entanto há violência,
    Por faltar compreensão.

    30
    Chego no artigo trinta
    Vejo nele a previsão,
    Que nenhum dispositivo
    Da presente declaração,
    Seja porém destruídos
    Por revoltosa nação.

    Analisei as premissas
    Dos direitos fundamentais,
    Mostrei a Declaração,
    Nos seus aspectos formais,
    Dissequei todos artigos,
    Fazendo críticas leais.

    O homem sempre lutou
    Pra reaver seu direito
    A história mostra isso
    De modo muito perfeito,
    Mas apesar do progresso,
    Persistimos no defeito

    Fiz um breve retrospecto
    Do que é primordial,
    Para que o homem viva
    Na sociedade ideal,
    Espero que no futuro
    Não existe desigual.

    Tenho medicação certa
    Pra que todos vivam bem
    Acabe com a ganância,
    Divida o que você tem,
    Pois na vida espiritual,
    Não precisará de vintém.

    Dedico esse trabalho
    A quem nele acreditar,
    A Deus referencio
    Por ele me ajudar.
    A Terra será um éden,
    Quando povo se agregar.

    Dados do autor:
    Salete Maria da SilvaEstudante do 7º período do Curso de Direito(noturno) na UFRN.
    Natal/RN, 20 de novembro de 1998.
    Editado pelo Projeto Mandacaru de Literatura de Cordel.
    Fonte: https://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/cordel.htm
    https://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php