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Etnocentrismo / Ethnocentrism
O etnocentrismo pode ser definido como o ato de julgar o diferente (a cultura do outro) como ruim ou inferior tendo como parâmetro para o julgamento a sua própria cultura, como se esta fosse o único modelo correto ou melhor.Na charge dois grupos agindo de forma etnocentrica (nós e eles), que na verdade são semelhantes. A partir da charge é possível discutir os absurdos do etnocentrismo na sociedade contemporânea, bem como relembrar absurdos históricos.Fonte da charge: https://rundle10.wikispaces.com/ethnocentrism………………………………………………………………………………………………The ethnocentrism can be defined as the act of judging different (the culture of another) as poor or less taking as a parameter to judge their own culture, as if this was the most correct or better.In charge two groups acting ethnocentric (us and them) that are actually similar. From the cartoon is possible to discuss the absurdities of ethnocentrism in contemporary society, and recall historical absurdities. -
Dica de temática para ser discutida em aula
A situação que vivencia a Grécia não é estranha à nós brasileiros. O Brasil já foi vítima/cliente do FMI. Ao contrário da situação educacional do brasileiro das décadas de 50, 60 e 70, a população grega possui uma ampla capacidade de reflexão da realidade a qual vivem. Essa capacidade de reflexão tem levado a população daquele país as ruas.Dentro desse contexto é possível discutir em sala de aula questões riquíssimas, tais como:-
O governo deve ou não aceitar o auxílio do FMI?
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Quais as vantagens imediatas do auxílio do FMI?
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Quais as desvantagens a médio e a longo prazo desse empréstimo?
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O que aconteceu com outros países que aceitaram o auxílio do FMI (inclusive no Brasil)?
A fim de embasar o debate sugira aos alunos uma leitura prévia do assunto. Uma dica é a matéria do Jornal do Brasil (abaixo).………………………………………………………………………………………………………….The sitaução experiences that Greece is no stranger to us Brazilians. Brazil has been the victim / client of the IMF. Unlike the situation of Brazilian education of the 50s, 60s and 70s, the Greek population has a large capacity to reflect reality in which they live. This capacity for reflection has led the population of that country the streets.Within this context, it is possible to discuss classroom issues very rich, such as:-
The government should or should not accept aid from the IMF?
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What are the advantages of immediate assistance from the IMF?
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What are the disadvantages in the medium and long term of the loan?
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What happened to other countries that accepted IMF assistance (including Brazil)?
In order to ground the debate suggests to students a prior reading of the subject. A tip is the matter of the Jornal do Brazil (below).………………………………………………………………………………Presidente grego diz que o país está à beira do abismoAgência AFP – 15:21 – 05/05/2010ATENAS – O presidente grego, Carolos Papoulias, assegurou nesta quarta-feira que seu país se encontra à beira do abismo depois dos protestos violentos que opuseram manifestantes e policiais nas ruas da capital.“É responsabilidade de todos nós não dar um passo para o precipício”, afirmou o chefe de Estado em sua primeira declaração após os distúrbios.
Três pessoas morreram quando uma agência bancária do centro de Atenas foi incendiada por coquetéis molotov jogados por jovens com o rosto coberto por lenços durante as manifestações de protesto.Quase 20 pessoas estavam no banco quando teve início o incêndio. Duas mulheres e um homem morreram no meio das chamas, segundo informações da polícia grega.Dois prédios públicos, uma agência da receita e um edifício da prefeitura de Atenas, também foram incendiados com coquetéis molotov.Dezenas de jovens jogaram coquetéis molotov contra as vitrines de lojas e bancos no centro de Atenas, o que provocou vários pontos de incêndio.A Grécia amanheceu nesta quarta-feira praticamente paralisada por uma greve geral, a terceira desde fevereiro, convocada pelos sindicatos para protestar contra o plano de austeridade imposto pelo governo socialista de Giorgos Papandreou em troca de uma ajuda financeira da União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).Os transportes aéreos, marítimos e ferroviários estão parados, a maioria das escolas e administrações públicas fechadas.Os bancos e as grandes empresas do setor público funcionam com poucos funcionários e os hospitais garantem apenas os serviços de emergência.A greve inclui a imprensa, com os serviços jornalísticos de rádios, TVs e jornais interrompidos. -
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Sistema de Saúde Pública
Muito bom a crítica do Maurício Ricardo! Mas vale salientar que embora o SUS seja uma política pública com muitos problemas é um exemplo no mundo. Nenhum outro programa de saúde (até onde conheço) oferta atendimento para 185 milhões de pessoas.
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Políticas públicas na obra de Sergio de Azevedo
Políticas públicas de Sergio de Azevedo
As políticas públicas são medidas adotadas pelo governo para atender a demandas da sociedade e solucionar problemas públicos. Tais políticas podem ser tanto relacionados à ações como omissões.
As políticas públicas abrangem uma ampla gama de áreas, incluindo saúde, educação, habitação, segurança, transporte e meio ambiente. Por exemplo, uma política pública de saúde pode incluir a implementação de programas de vacinação ou a criação de centros de atendimento médico em áreas carentes. Uma política pública de educação pode incluir a criação de programas de bolsas de estudo para estudantes de baixa renda ou a reforma de escolas públicas.
Resumo realizado por Cristiano Bodart……………………………………………..Sobre o autor:Professor Titular em Política
Doutor em Sociologia / Université Catholique de LouvainPós-Doutorado em Ciência Política / Stanford University(… e meu professor no curso de doutorado)…………………………………………………………………………………………………….
Nesse artigo o professor Dr. Sergio de Azevedo objetivou apontar questões relativas aos diversos objetivos das políticas públicas, assim como suas diferentes características e formatos institucionais.Azevedo inicialmente, apresenta o conceito de política pública para posteriormente apresentar os seus tipos, os quais são:
Políticas Públicas: Tipos
i) redistributivas; ii) distributivas e; iii) regulatórias.
Para ele “Política Pública é tudo que o governo faz, deixa de fazer e os impactos de suas ações e de suas omissões” (p.1). Com relação aos tipos de políticas públicas Azevedo apresenta suas principais características, especialmente seus objetivos.
Na segunda seção Azevedo busca pontuar alguns problemas relativos à implementação das políticas públicas, as quais, afirma ele, devem ser levadas em consideração no planejamento e monitoramento das mesmas.
Mediante aos problemas existentes em torno das políticas públicas, o autor aponta alguns caminhos em busca de sua superação. Frente a existência de problemas relacionado a inter-relação entre as diversas políticas, aponta a necessidade ampliar a cooperação e coordenação entre elas. Referente aos efeitos não esperados é necessário buscar minimizar os riscos buscando prevê o comportamento provável dos atores que serão influenciados pela política e realizando os ajustes necessários.
Outro problema destacada por Azevedo é a visão de que não realizar determinada ação é uma atitude neutra, quando na verdade trata-se de um posicionamento que pode beneficiar uns em detrimento do prejuízo de outros. O professor Azevedo aponta ainda o problema da redundância, que trata-se de dois ou mais órgãos públicos atuam no mesmo programa (embora em alguns casos tal situação seja desejável). Um outro desafio se dá quando o recurso é escasso e é vital escolher onde e como agir, podendo ser uma escolha equivocada. Nesse caso, afirma o autor, é necessário o governo buscar adquirir legitimidade por meio da participação popular, o que pode aliviar a culpa em uma possível falha. O governo ao executar suas políticas públicas deve ter consciência que a maximização dos interesses individuais pode gerar situação de perda para todos (tragédias dos comuns).
Azevedo apontar alguns caminhos de superação dos problemas relacionados a implementação e monitoramento das políticas públicas, mas adverte que existem diversas possibilidades de ações.
Atenção, frente a um determinado problema não existe apenas uma solução em termos de políticas públicas. Há várias gamas de alternativas muito boas, muito ruins e razoáveis.
Na última seção de seu artigo, Azevedo apresenta os tipos de associativismo e de participação em políticas públicas. Entre os tipos de associativismo destacou o “associativismo restrito ou societal”, o “associativismo reivindicativo” e o “associativismo social clássico (movimentos sociais).O associativismo restrito caracteriza-se por “não necessitar de contato com o poder público”, como, por exemplo, os Rotary Clubes. O associativismo reivindicativo caracteriza-se pelo seu caráter reivindicatório, como sugere seu nome. Já o associativismo social clássico é caracterizado pela associação em torno de valores.
“Atenção: Um movimento de um tipo pode se transformar em um outro tipo por diversos motivos. É preciso lembrar sempre que existem motivos muito diferentes que juntam as pessoas. Assim, para pensar a participação em políticas públicas, é importante pensar esses diferentes tipos de associações” (AZEVEDO, 2003, p.7).
Ao destacar os tipos de participação, aponta para a existência de dois grandes tipos de participações: i) a participação restrita ou instrumental e; ii) a participação ampliada ou neo-corporativista. A primeira caracteriza-se por apresentar relação com um projeto específico e possuir um foco espacial. A segunda “diz respeito à definição de diretrizes gerais para as políticas públicas setoriais, tais como a política de saúde, a política de educação, os programas municipais, o plano diretor” (p.8), etc.
Para Azevedo “a mobilização e a participação da população é um desafio que depende de vários fatores, entre os quais a cultura cívica” (p. 8).
REFERÊNCIA:
AZEVEDO, Sergio de. POLÍTICAS PÚBLICAS: DISCUTINDO MODELOS E ALGUNS PROBLEMAS DE IMPLEMENTAÇÃO. Artigo publicado em 2003 em coletânea preparada pela FASE para cursos de gestores municipais direcionados para lideranças populares das metrópoles brasileiras.——————————————————————————————In this article Professor Dr. Sergio de Azevedo aimed to point to various issues of public policy goals, as well as their different characteristics and institutional forms. Anderson initially introduced the concept of public policy to further present their types, which are: i) redistributive ii) distributive and iii) regulatory.For him “Public Policy is everything the government does, does not do and the impacts of their actions and their omissions” (p.1). With regard to the types of public policies Azevedo presents its main characteristics, especially their goals.In the second section Azevedo search scoring some problems concerning the implementation of public policies which, he says, should be taken into account in planning and monitoring of same.Through the existing problems around public policy, the author points out some ways in search of their overcoming. Faced with evidence of problems related to inter-relationship between different policies, highlights the need to expand cooperation and coordination between them. Referring to the unintended effects is necessary to seek to minimize the risk seeking behavior expected of the players likely to be influenced by politics and making the necessary adjustments.Another problem highlighted by Anderson’s vision is to perform a particular action is not a neutral attitude, when in fact it is a position that may benefit some at the expense of injury to others. Professor Anderson also points out the problem of redundancy, that it is two or more public agencies operating in the same program (although in some cases this would be desirable). Another challenge is when the resource is scarce and is vital to choose where and how to act and may be a wrong choice. In this case, the author says, you need the government to seek to acquire legitimacy through popular participation, which can alleviate the blame on a possible failure. The government to implement public policies should be aware that the maximization of individual interests may generate a loss situation for everyone (tragedy of the commons).Azevedo point out some ways of overcoming problems related to implementation and monitoring of public policies, but warns that there are various possibilities for actions.Attention, compared to a given problem there is only one solution in terms of public policy. There are various ranges of alternatives very good, bad and very reasonable.In the last section of his article, Anderson presents the types of partnerships and participation in public policy. Among the types of associations highlighted the “limited or societal associations,” the “association that claims” and the “classic social associations (social movements).The association is characterized by restricted “does not require contact with the public,” such as the Rotary Clubs. The association that claims it is characterized by its character of claims, as its name suggests. Already the classic social associations is characterized by the association around values.“Warning: A movement of one type can transform into another type for several reasons. Always remember that there are different reasons that people join. So to think of participation in public policies, it is important to consider these different types of associations” (Azevedo, 2003, p.7).By highlighting the types of participation points to the existence of two types of shares: i) limited participation or instrumental and ii) the expanded participation or neo-corporatist. The first is characterized by having relationship with a specific project and have a spatial focus. The second “concerns the definition of general guidelines for the sectoral public policies, such as health policy, education policy, municipal programs, the Master Plan” (p.8), etc..Azevedo for “the mobilization and participation of the population is a challenge that depends on several factors, including the civic culture” (p. 8).REFERENCE:AZEVEDO, Sergio de. PUBLIC POLICY: DISCUTINDO MODELS AND SOME PROBLEMS OF IMPLEMENTATION. Paper published in 2003 in compilation prepared by PHASE courses for municipal managers targeted for popular leaders of Brazilian metropolises. -
Dica de música Problema Social
A música “Problema Social” pode ser usada em sala de aula para discutir as ideias de Durkheim e de Weber referente, respectivamente, a determinação e a influência da sociedade na formação do indivíduo, além de tratar alguns conceitos como socioalização.
Questão balizadora: A sociedade determina ou apenas influencia a formação do indivíduo enquanto ser social?
I – Durkheim afirmou que a sociedade deternima a formação da sociedade;
II -Max Weber afirmava que o indivíduo tem a capacidade de realizar escolhas, desde que tenha acesso ao conhecimento e informação necessária.Seu Jorge
Composição: Guará / FernandinhoSe eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
E nem o bom menino que vendeu limãoE trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que eu não conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguémSeria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema socialSe eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pãoNão aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que eu não conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguémSeria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social -
Dica de música o Teatro Mágico – relações capitalistas
A música abaixo é uma opção para tratar das questões referentes ao papel do comercial no mundo capitalista/consumista, apontando o caminho para a criticidade frente aos comerciais de TV.
O Teatro Mágico
Composição: Fernando AnitelliPode vir de dois de três de quatro!
Eu não to aqui pagando o pato!
Sem salto… sensato,
Num ato falho, cê resolveu sair do armário e trocar o figurino o cara que era do contrário agora é só no sapatinho!E me aparece na televisão!
Segurando uma latinha na mão
Me dizendo que o milagre da transformação
É primavera virar verão!Nã nã não! pra mim não
Nã nã não! pra mim não
Nã nã não! pra mim não
Nã nã não! pra mim nãoOu é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!Então:
Qual é? a atitude que cê toma?
Qual é? porque a cerveja eu já sei!
Qual é? a atitude que cê toma?
Qual é? porque a cerveja eu já sei!O meu skate não cabe num anúncio de refrigerante
O meu skate não cabe num anúncio de refrigerante
A paz que eu busco não cabe num refrigerante
A paz que eu busco não cabe num refrigerante
O meu anúncio não cabe na embalagem de refrigerante
O meu anúncio não cabe na embalagem de refrigeranteOu é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!
Ou é o trono!
Ou é o inferno!Porque!!
Qual é? a atitude que cê toma?
Qual é? porque a cerveja eu já sei!
Qual é? a atitude que cê toma?
Qual é? porque a cerveja eu já sei!Todo mundo amarela uma hora
Todo mundo uma hora amarela
Todo mundo amarela uma hora
Todo mundo uma hora amarela
Todo mundo amarela uma hora
Todo mundo uma hora amarela
Todo mundo amarela uma hora
Todo mundo uma hora amarela -
Dica de música para aula: Cidadão de papelão
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli/Maíra VianaO cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Homem de pedra, de pó, de pé no chãoNão habita, se habitua
Não habita, se habitua -
Resumo: BOM GOVERNO NOS TRÓPICOS: UMA VISÃO CRÍTICA
Por Cristiano Bodart…………………………………………………………………………………..Não posso deixar de indicar esse livro. Busco semanalmente ler um livro, mas nem sempre a escolha do livro é tal surpreendente como foi este. Na verdade não foi bem um escolha pessoal, o meu professor no curso de doutorado o indicou. E que indicação. Muito bom. Abaixo um pequeno resumo/comentário que sempre gosto de fazer de minhas leituras:
……………………………………………………………………………………….Na obra “Bom Governo nos Trópicos”, Judith Tendler buscou apontar a existência de boas experiências de governos entre os países em desenvolvimento..
Para esta autora as explicações teóricas do mau desempenho dos governos de países em desenvolvimento, embora exatas em diversos aspectos, proporcionaram o surgimento de diversos equívocos, entre eles destacando-se: a generalização de que todos os governos são ruins e por tanto devem ser reformados; que deveria ser replicado as experiências bem sucedidas (experiências na Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, em menor grau, nos Estados Unidos) nesses países; a visão hegemônica de que os mecanismos de mercados são superiores para solucionar os problemas existentes nos países em desenvolvimento; estudos sobre as raízes do mau desempenho desses países contradizem ou ignoram o conjunto de evidências sobre as causas do melhor desempenho das grandes organizações dos países industrializados e; super-valorização da reforma do setor público a partir de uma fé excessiva nas ações do “usuário” ou “cliente” dos serviços públicos..
Tendler buscou estudar diversas experiências no Nordeste do Brasil, especificamente no governo do Ceará. O fator motivador desse estudo estava em responder a seguinte indagação: “Como pôde um governo estadual que fazia parte de uma região com uma história tão longa e estável de desempenho medíocre ‘subitamente’ se desempenhar tão bem?” (p.25). A autora buscou identificar quais elementos foram decisivos para que esse governo tornar-se um modelo para o restante do país..
Ao analisar o programa de saúde daquele governo – que teve início em 1987 como uma pequena parte de um programa emergencial de geração de emprego – identificou aspectos decisivos para o sucesso de tal programa. A descentralização, vivenciada na época no país, não significou menor ação do poder central no Ceará, pelo contrário, ele estava fazendo mais e fazendo algo bem diferente. O que o governo do Ceará fez foi “dividir o trabalho” com a esfera local. Cada uma das esferas passou a ter competências complementares. A fim de romper com o histórico clientelismo, o Estado ficou na responsabilidade de contratar os indivíduos do município onde seria implementado o programa. Ao poder local cabia a contratação apenas de alguns poucos chefes de enfermagem. A supervisão do bem desempenho do programa na esfera local ficou a cargo da população (especialmente os candidatos a agente de saúde não contratados – os rejeitados no processo de seleção viraram controladores), podendo esses realizar denuncias. Outra tática do governo foi desenvolver nos agentes de saúde o orgulho pela sua posição e de seu papel. Para aproximar o agente de saúde da população desconfiada dos “programas políticos” foram desenvolvidas pequenas ações curativas e de orientação preventiva (o que a autora chamou de “curativismo insinuante”)..
O programa inicialmente foi implantado em poucos municípios (pois não eram obrigados a aderirem). O Estado, a fim de superar tal limitação, utilizou-se da propaganda. Por meio da mídia noticiava os bons resultados e os benefícios aos cidadãos, o que gerava uma pressão popular sobre os prefeitos que não havia aderido ao programa. Desta forma o programa se expandia a cada ano. Outro ponto importante estava na possibilidade dos prefeitos se utilizarem dos bons resultados para se promoverem..
A atitude dos agentes e dos “clientes” foi fundamental para o bom governo. A relação entre eles embasava-se na confiança. O agente não via o “cliente” apenas como alguém que ele precisava conscientizar, mas alguém de que ele queria e precisava do respeito, do reconhecimento e da confiança..“É esse tipo de relação de confiança mútua entre trabalhadores e seus clientes que está agora recebendo atenção nas recentes tentativas dos especialistas de explicar o sucesso de estados que se desenvolvem, de programas públicos e de grandes empresas privadas. Mas o pressuposto do interesse próprio, adotado pela corrente hegemônica da literatura sobre desenvolvimento, dificulta reconhecer essas relações quando surgem e tomá-las como ponto de partida quando se pensa sobre como melhorar o governo” (TENDLER, 1998, p.65)...BibliografiaTENDLER, Judith. Bom governo nos Trópicos. Trad. de Maria Cristina Cupertino. Rio de Janeiro:Revan, Brasília, DF: ENAP, 1998. -
Trabalho de alunos: 1º ano A do Ensino Médio – Marx
Este trabalho, em formato de vídeo/teatro, apresenta algumas contribuições de Karl Marx para a Sociologia.
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This work, in video format / theater presents some contributions of Karl Marx for sociology.Trabalho realizado pelos alunos Geovane, Gabriel Miguel, Gabriel Bravin, Romário, Victor Leonardo e Juliana do 1º ano A da Escola Filomena Quitiba, Piúma/ES. Brasil.
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Work performed by pupils Geovane, Gabriel Michael, Gabriel Bravin, Romario, Leonardo Victor and Juliana’s 1º year A by School Filomena Quitiba, Piuma / ES. Brazil. -
Trabalho de alunos: 1º ano do Ensino Médio
Este trabalho, em formato de vídeo/teatro, apresenta algumas contribuções de Durkheim para a Sociologia.—————————————————————————————This work, in format theater presents some contributions of Durkheim for sociologyTrabalho elaborado pelos alunos Bruna, Thalita Alves, David, Roberta e Saulo, Clara do 1º ano B da Escola Filomena Quitiba.
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Study prepared by students Bruna, Thalita Alves, David, Roberta e Saulo, Clara 1º year B of School Filomena Quitiba. Piúma,ES. Brazil.