O blog foi criado por Cristiano Bodart em 27 de fevereiro de 2009. Inicialmente tratava-se de uma espécie de “espaço virtual” para guardar materiais de suas aulas. Na ocasião lecionava em uma escola de ensino público no Estado do Espírito Santo. Em 2012 o Roniel Sampaio Silva, na ocasião do seu ingresso no Instituto Federal, tornou-se administrador do blog e desde então o projeto é mantido pela dupla.
O blog é uma das referências na temática de ensino de Sociologia, sendo acessado também por leitores de outras áreas. Há vários materiais didáticos disponíveis: textos, provas, dinâmicas, podcasts, vídeos, dicas de filme e muito mais.
Em 2019 o blog já havia alcançado a marca de 9 milhões de acessos.
O trabalho do blog foi premiado e reconhecido na 7º Edição do Prêmio Professores do Brasil e conta atualmente com milhares de seguidores nas redes sociais e leitores assíduos.
Seguimos no objetivo de apresentar aos leitores um conteúdo qualificado, tornando os conhecimentos das Ciências Sociais mais acessíveis.
Pelo menos neste dia um grande número de pessoas estão atentas e abertas a receber/fazer este tipo de reflexão o que não ocorre no dia-a-dia.
Olá Cristiano…
Escrevo para responder de maneira bem sucinta as suas colocações.
O Dia da Mulher, como em muitos meios é veiculado na atualidade, realmente é uma expressão machista da sociedade. Propagandas que dizem coisas como: "Mulher, você que é mãe, cozinheira, empresária, designer, cabeleireira, administradora, dona de casa, esposa, agricultora, motorista…….." – Realmente reafirma ainda mais os "deveres" da mulher impostos.
No entanto, não podemos nos ater exclusivamente ao que a mídia burguesa, os partidos burgueses, as empresas colocam em seus discursos e propagandas. O Dia da Mulher é sim um dia importante para a luta das mulheres por direitos e por uma transformação profunda.
Infelizmente, os oprimidos em nossa sociedade necessitam lutar por espaços como esses para conseguir construir de forma mais efetiva sua luta. Se rejeitarmos o Dia da Mulher como uma conquista do movimento feminista que os opressores tentam distorcer, rejeitamos automaticamente diversas outras vitórias de oprimidos – a exemplo, as cotas para afrodescendentes nas universidades.
Vitórias históricas dos movimentos não podem ser tratadas de forma leviana. Por mais que a distorção dos opressores em relação aos ganhos dos oprimidos seja sempre intensa… é necessário que busquemos as respostas dos movimentos à essas distorções – não ficando assim reféns, mais uma vez, de quem nos oprime.