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  • Pierre Bourdieu, “A Sociologia É Um Esporte De Combate”

    Pierre Bourdieu, “A Sociologia É Um Esporte De Combate”

    Eu digo frequentemente que a Sociologia é um esporte de combate, um meio de defesa pessoal. Basicamente, você pode usá-la para se defender, sem ter o direito de utilizá-la para ataques covardes.”

    Biografia 

    Primeiramente, importa para os que desejam compreender as contribuições de Bourdieu, conhecer quem foi esse teórico. Testa forma, em síntese, Pierre Bourdieu foi um sociólogo francês de grande impacto sobre a teoria social, principalmente sobre a Sociologia. De origem de família camponesa, Pierre Bourdieu teve uma trajetória acadêmica peculiar. Mais detalhes sobre sua biografia pode ser lida AQUI.

    Bourdieu é um dos autores mais profícuos da teoria sociológica, tendo pesquisado e publicado um volume considerável de trabalhos, nos quais tomou como objeto de pesquisa uma ampla variedade de fenômenos sociais.

    Veja um vídeo onde o professor, Dr. José Marciano Monteiro (UFCG), especialista em Bourdieu, apresenta de forma clara as principais contribuições desse autor AQUI.

     

    Sua acensão no campo acadêmico francês deu-se nos anos de 1960, tendo nos anos de 1980 e 1990 ganhado notoriedade internacional, estando, atualmente, suas obras presentes na grande maioria dos programas de pós-graduação de Sociologia e nos cursos de Ciências Sociais ofertados em todo o mundo. Pierre Bourdieu faleceu um ano depois do lançamento documentário A Sociologia É Um Esporte de Combate.

    O documentário

    O documentário A Sociologia É Um Esporte de Combate foi dirigido por Pierre Carles. Carles produz um relato a partir do acompanhamento do dia a dia de Bourdieu, o que se deu entre os anos de 1998 e 2001. O documentário busca demonstrar não só sua rotina (palestras, viagens, encontros com estudantes ou com seus colaboradores de pesquisa, etc.), como também parte de seu pensamento e seu engajamento político e seu envolvimento no campo sociológico.

     

    Dito tudo isto, indicamos que assistam o documentário:

     

     

    Conheça as principais contribuições de Pierre Bourdieu assistindo o vídeo a seguir:

     

    Bourdieu

  • Chamada para publicar sem custos em livro físico – Editora Café com Sociologia

    Chamada para publicar sem custos em livro físico – Editora Café com Sociologia

    CHAMADA PARA SUBMISSÃO

    Edital 1/2020

     

    Maceió, Alagoas, 22 de maio de 2020

     

    DO OBJETO

    1. A Editora Café com Sociologia, juntamente com a comissão editorial, torna público a presente chamada para submissão que estabelece as normas e convida os/as interessados/as para a submissão de textos, que, após aprovados, serão publicados como capítulos de livros organizados por Cristiano das Neves Bodart .

     

    DAS OBRAS A SEREM PUBLICADAS

    1. Serão publicados três livros digitais que integrarão a série “O que é?”, assim estruturados:

    2.1. Livro 1: Conceitos fundamentais da Sociologia (encerrado);

    2.2. Livro 2: Conceitos fundamentais da Antropologia e;

    2.3. Livro 3: Conceitos fundamentais da Ciência Política.

    1. Tais obras terão como público-leitor prioritário os alunos do ensino médio.
    2. Os livros serão registrados na Câmara Brasileira do Livro, sendo atribuído ISBN e Ficha Catalográfica, possuindo comissão editorial e científica qualificada.
    3. A critério da Editora Café com Sociologia os livros serão publicados em versão física e comercializados em diversas livrarias online.

     

    DOS PRAZOS PARA AS SUBMISSÕES

    1. A chapara para submissão dos textos até as seguintes dados, de acordo com os livros:

    3.1.Livro 1: até 20 de julho de 2020 (encerrado);

    3.2. Livro 2: ate 17 de agosto de 2020 e (encerrado)

    3.3. Livro 3: até 31 de agosto de 2020. (prorrogado)

    1. À critério da Comissão editorial e dos organizadores esses prazos podem se prorrogados.

     

    DAS ÁREAS TEMÁTICAS

    1. Os textos devem se enquadrar em uma das três temáticas das Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia ou Ciência Política), cujo público-leitor prioritário são os alunos do ensino médio. O texto deve abordar um conceito basilar (ver sugestões no anexo 2).

     

    DA SUBMISSÃO

    1. As submissões deve atender aos seguintes requisitos:

    6.1. Deve estar escrito em Língua Portuguesa, respeitando as regras ortográficas e gramaticais e com linguagem apropriada ao ensino médio;

    6.2. O(s) texto(s) podem ser produzido em coautoria (2 autores), respeitando os seguintes perfis:

    O primeiro autor deve enquadrar-se em um dos seguintes perfis, além de ser filiado à ABECS, com anuidade de 2020 paga:

    6.2.1. Ser graduado em Ciências Sociais/Sociologia, com mestrado (ou mestrando) ou doutorado em qualquer área;

    6.2.2. Ser graduado em Ciências Sociais/Sociologia e autor de artigo científico publicado em periódico qualificado pela Capes entre A1 e B4 (Qualis-Periódicos) ou de capítulo de livro com ISBN;

    6.2.3. Professores do ensino superior com mestrado ou doutorado em qualquer área e com publicações (ao menos duas) sobre o ensino de Sociologia;

    O segundo autor deve enquadrar-se em um dos seguintes perfis:

    6.2.4. Licenciados em Ciências Sociais/Sociologia filiados à ABECS e com a anuidade de 2020 paga;

    6.2.5. Estudantes do curso de Licenciatura de Ciências Sociais/Sociologia filiados à ABECS e com a anuidade de 2020 paga;

    6.2.6. Mestres, mestrandos e doutores em outras áreas das Humanidades não filiados à ABECS;

    6.2.7. Professores que estejam lecionando a disciplina de Sociologia no ensino médio ou superior filiados ou não à ABECS.

    Mais informações de como se filiar e pagar a anuidade de 2020 em: https://abecs.com.br/anuidade-valores/;

     

    6.3. Os textos não devem conter fotos, sendo permitido apenas o uso de esquema, fluxograma, quadro e tabela (em escala de cinza ou P&B). Os textos deverão ter entre 4 e 8 páginas (incluindo as referências, indicações de leitura e atividade pedagógica), atendendo a formatação e estrutura prevista nesta chamada para submissão (ver modelo AQUI);

    6.5. Os autores podem submeter apenas um texto para cada um dos livros;

    6.6. Serão aceitas apenas as submissões realizadas por meio do formulário disponível aqui:

     

     

    DA AVALIAÇÃO

    1. Todos os textos recebidos serão avaliados por uma comissão científica constituída por mestres e doutores, indicada pela Diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS).

    7.1. Os textos recebidos receberão uma das seguintes classificações:

    • Aprovado para compor o livro;
      • Aprovado para compor o livro com recomendações de ajustes;
      • Recusado para compor o livro, mas indicado para ser publicado (com ou sem indicações de ajustes) no Blog Café com Sociologia (por motivos outros, que não relacionados à qualidade);
    1. Será considerado na avaliação:

    8.1. Atendimento à proposta dos livros;

    8.2. Qualidade textual;

    8.3. Qualidade teórica;

    8.4. Adaptação da linguagem para o ensino médio;

     

    FORMAS DE DIVULGAÇÃO DAS OBRAS

    1. Os livros poderão, à critério da Editora, ser publicados em formato físico e comercializado pela Editora à preços acessíveis, disponibilizando em diversas livrarias online.

     

    CONTRAPARTIDAS

    1. Os autores que tiverem seus textos aprovados para serem publicados nos livros assumem a responsabilidade da revisão gramatical e ortográfica de seus textos, o que deverá ocorrer da seguinte forma:

    11.1. Contratando profissional qualificado(a) para realizar a revisão da versão final do texto aprovado, enviando uma declaração emitida por ele(a) constando formação, nome, CPF e telefone de contato;

    11.2. Pagando ao profissional contratado pelos organizadores, cujo valor pode variar de 4 a 7 reais por página (a depender do valor em vigor no momento da contratação).

    1. A editora e os organizadores assumirão os custos com diagramação, ISBN, Ficha Catalográfica produzida por profissional da área, capa exclusiva.

     

    CRONOGRAMAS

    1. As etapas seguirão o cronograma a seguir:
    Livro 1: Conceitos fundamentais de Sociologia
    Submissão dos textos Até 20 de julho de 2020 (encerrado)
    Avaliação da Comissão Científica 23 julho a 10 de agosto de 2020
    Avaliação da Comissão Editorial 11 a 14 de agosto de 2020
    Resultado da seleção 20 de agosto de 2020
    Entrega do texto revisado segundo os pareceres 30 de agosto de 2020
    Entrega do texto com a revisão gramatical 15 de setembro de 2020
    Lançamento do livro 30 de setembro de 2020
    Livro 2: Conceitos fundamentais de Antropologia
    Submissão dos textos Até 17 de agosto de 2020 (prorrogado)
    Avaliação da Comissão Científica 18 a 26 e agosto de 2020
    Avaliação da Comissão Editorial 27 a 20 de setembro de 2020
    Resultado da seleção 29 de setembro de 2020
    Entrega do texto revisado segundo os pareceres 15 de outubro de 2020
    Entrega do texto com a revisão gramatical 30 de outubro de 2020
    Lançamento dos livros 2021
    Livro 3: Conceitos fundamentais de Ciência Política
    Submissão dos textos Até 20 de agosto de 2020
    Avaliação da Comissão Científica 21 de agosto a 06 de setembro de 2020
    Avaliação da Comissão Editorial 07 a 09 de setembro de 2020
    Resultado da seleção 12 de setembro de 2020
    Entrega do texto revisado segundo os pareceres 20 de setembro de 2020
    Entrega do texto com a revisão gramatical 01 de outubro de 2020
    Lançamento dos livros 2021

     

    13.1. À critério da comissão editorial e dos organizadores esse cronograma pode ser alterado, sendo os autores previamente comunicados.

     

    DISPOSIÇÕES GERAIS

    1. Os participantes, ao efetivarem suas submissões, concordam com todas as regras explicitadas neste chamada para submissão e autorizam a publicação do/s trabalho/s nos livros e demais meios de divulgação estipulados pelas Comissões Editorial e Científica, sendo os únicos responsáveis pela autoria e conteúdo apresentado.
    2. Não haverá remuneração para a participação nesta chamada para submissão.
    3. Os autores cederão os direitos autorais dos trabalhos submetidos para a Editora Café com Sociologia, a título gratuito, funcionando a submissão do trabalho como prévia e expressa autorização exigida pela Lei n. 9.610/1998.
    4. Após a data prevista da chamada para submissão, se não houver submissões em número suficiente para publicação em livro, a Comissão Editorial se reserva o direito de suspender ou cancelar este edital, ou convidar autores para fechar o número de trabalhos necessários para a publicação dos livros.
    5. Mais informações poderão ser obtidas pelo correio eletrônico: [email protected]
    6. Os casos omissos serão resolvidos pelas pela Comissão Editorial e pelos organizadores dos livros.

     

    ORGANIZADORES DA SÉRIE: Cristiano das Neves Bodart e Roniel Sampaio-Silva

    CONSELHO EDITORIAL

    Presidente                    Cristiano das Neves Bodart

    Vice-presidente            Roniel Sampaio-Silva

    Chefe Téc. Editorial     Cassiane da C. Ramos Marchiori

    César Alessandro Sagrillo Figueiredo

    Fernanda Feijó

    Thiago de Jesus Esteves

    Thiago Ingrassia Pereira

    Editora Café com Sociologia

    Prefixo Editorial: 80282

    CNPJ: 32.792.172/0001-31

    Rua Manoel Fernandes da Silva, n. 23, Quadra E, Tabuleiro dos Martins Maceió-Alagoas, CEP. 57081011

     

    ANEXO 1

    Baixar AQUI o modelo com a formatação e estrutura do texto

     

    ANEXO 2 – Alguns exemplos de conceitos (outros conceitos podem ser escolhidos, além desses listados).

     

    Livro 1 – Conceitos fundamentais da Sociologia escolar

     

    Socialização; gênero; discurso; divisão social do trabalho; capitalismo; burocracia; anomia; consumismo; comunidade; tipo ideal; racionalização; alienação; classes sociais; estrutura; dialética; estratificação social; capital simbólico; epistemologia; positivismo; proletariado; socialismo; reprodução social; modos de organização social; sistema social; coerção social; determinismo social; instituição social; interação social; papeis sociais; habitus; configuração; etc.

     

    Livro 2 – Conceitos fundamentais da Antropologia escolar

     

    Cultura; etnocentrismo; indústria cultural; indústria de massa; estruturalismo; colonialismo; ritual; símbolo; religião; subcultura; etnografia; etnia; contracultura; antropologia cultura; etnometodologia; patriarcado; pluralismo; relativismo cultura, civilização; padrões culturais; parentesco, relações raciais, etnicidade; identidade; cultura material; cultura imaterial; etnologia; hegemonia; eugenia; interculturalidade; multiculturalismo;  xenofobia; minorias; ações afirmativas; parentesco; etc.

     

    Livro 3 – Conceitos fundamentais da Ciência Política escolar

     

    Movimentos sociais; Estado; cidadania; política; sociedade civil; poder; associativismo; feminismo; neoliberalismo; keynesianismo; regimes políticos; sistemas de governo; contradição; estado-nação; fascismo; totalitarismo; autoritarismo; organismos internacionais; direitos humanos; instituições políticas; democracia; participação cívica; governança; globalização; partidos políticos; sufrágio universal; esfera pública; panoptismo; monopólio; extremismo político; sistemas partidários; etc.

     

    Anexo 3 – Prováveis capas:

     

  • A crítica de Karl Paul Polanyi ao liberalismo

    A crítica de Karl Paul Polanyi ao liberalismo

    A crítica de Karl Paul Polanyi ao liberalismo

    No vídeo desta semana do Dialogando que é canal do You Tube que professor de sociologia encontra material didático para suas aulas. Será apresentado de um modo introdutório a teoria de Karl Paul Polanyi e a sua crítica ao liberalismo. Para o autor, foi estabelecido uma crença que mercado é apartado da sociedade. Contudo, isso não se vislumbra na realidade. Saiba o porquê na entrevista realizada com o professor Elder Patrick Maia Alves

    Conheça os participantes do vídeo

    Elder Patrick Maia Alves

    Possui graduação em Ciências Sociais (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal da Bahia (2002), mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2004), doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasilia (2009) e pós-doutorado em sociologia (2013) pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ).

    Atualmente é professor Associado II do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS-UFAL). Atualmente é o Diretor da Editora da Universidade Federal de Alagoas – EDUFAL. É coordenador da Rede Editorial Interinstitucional Alagoana – REIA.

    Coordenador do Observatório da Economia Criativa e da Economia do Turismo do estado de Alagoas. É também coordenador do Observatório do Livro, da Leitura e do Mercado Editorial do Estado de Alagoas (EDUFAL\REIA).

    Tem experiência na área de sociologia dos mercados culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia econômica, economia criativa; mercados culturais, estratificação social e desigualdade; cultura popular, sertão nordestino e desenvolvimento regional.

    Membro do comitê Sociólogos do Futuro da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS). É Vice-presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD|UFAL). É membro do Conselho Municipal de Cultura, representando a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e também membro do Conselho Estadual de Cultura, também representando a Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

    SAIBA MAIS SOBRE O PARTICIPANTE: http://lattes.cnpq.br/5261860957894954

    Conheça mais o Dialogando:

    O Dialogando é um canal do YouTube gerenciado por Caio dos Santos Tavares, Graduado em Ciências Sociais (ICS-UFAL) e mestrando em Sociologia (ICS-UFAL). Surgiu de uma necessidade de construir um material didático que teria a utilidade do cumprimento da carga horário do Programa de Residência Pedagógica que visa a imersão dos licenciandos no ambiente escolar contribuindo significativamente com o aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado nos cursos de licenciatura.

    Aos poucos o projeto foi ganhando forma e apoio de inúmeros alunxs e professorxs da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialmente do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Nossa ideia foi a construir um dicionário de conceitos das Ciências Sociais (Ciência Política, Antropologia e Sociologia) e entrevista sobre teorias e temas que norteiam as preocupações dos cientistas sociais. Todo conteúdo áudio visual produzido pelo Dialogando teve com princípio trazer tais assuntos de uma forma clara e objetiva. Ao todo o projeto contou com a participação de 40 pessoas que se disponibilizaram a compartilhar conhecimentos das Ciências Sociais que possam contribuir com as aulas de Sociologia.

    Objetivos do canal

    Primeiramente, reiteramos que o canal oferece a oportunidade de uma aproximação entre a corpo docente e os discentes do ICS-UFAL com a Educação Básica. Portanto, sair dos muros da universidade e procurar transmitir o conteúdo das Ciências Sociais a sociedade civil. Assim, reforçando a importância do conhecimento das ciências sociais e eventualmente apresentando esse olhar de interpretar os fenômenos sociais a um público que não teve acesso em sua formação básica.

    Em cada vídeo é buscado, em uma forma rápida e dinâmica, apresentar conceitos e teorias fundamentais das Ciências Sociais. Esse recurso didático tem a finalidade de atingir o público do ensino médio (alunxs e professorxs).

    O Dialogando surge em um contexto de fortes ataques a permanência da Sociologia no ensino médio. Portanto, acreditamos que nossa iniciativa, mesmo que seja singela, possa de alguma maneira contribuir na resolução dos problemas que afligem cotidianamente a permanência da disciplina na educação básica.

    Não esqueça, semanalmente são disponibilizados vídeos no nosso canal no You Tube, por tanto, não deixe de segui-lo.

    O projeto conta com o apoio da Universidade Federal de Alagoas e do Blog Café com Sociologia.

    Contatos:

    Instagram: https://www.instagram.com/caiodossantostavares/

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  • biografia Bourdieu

    biografia Bourdieu

    A biografia Bourdieu é marcada pelo militarismo e campesinato.  Bourdieu é conhecido por sua teoria da prática social, que examina como as ações humanas são moldadas por estruturas sociais, como classe social, gênero e cultura. Ele também foi um crítico feroz do capitalismo e da globalização, argumentando que esses sistemas perpetuam a desigualdade social e a concentração de poder.

    Quem foi Pierre Bourdieu? Biografia de Pierre Bourdieu

    Por Roniel Sampaio Silva.

    Pierre Bourdieu é um dos mais influentes sociólogos da atualidade. O autor deixou um legado de teorias, conceitos e trabalhos que influenciam o campo das ciências sociais até hoje.

    Pierre Félix Bourdieu nasceu na zona rural da França, Denguin, sul da França em 1 de agosto de 1930. A mãe de Bourdieu, Noëmie Duhau, era oriundo de uma família tradicional camponesa cujo casamento com o então pai de Bourdieu, Albert Bourdieu, era vista como uma aliança desastrosa em razão do pouco status social que gozava o pai.  Albert, pai de Bourdieu, era filho de meeiro, tornam-se carteiro por volta dos 30 anos. Nesta carreira, foi promovido a carteiro-cobrador. A família de Bourdieu falava o dialeto típico do sul da França, o dialeto gascão.

    Bourdieu destacou-se pelo sucesso escolar apesar de seus amigos não terem tanto êxito.  Ele estudou no Liceu da Comuna de Pirenéus Atlânticos antes de ir para o Liceu Louis-le-Grand em Paris. Seu destaque o levou para a “Escola Normal Superior de Paris” que ingressou em 1951, concluindo os estudos em 1954. Logo depois passou a trabalhar no Liceu em Moulin. Muitos biógrafos do autor atribuem a escolha de Bourdieu pela Escola Normal Superior de Paris (ENS) em função da vontade dele em ficar na companhia de pessoas de mesmo modesto status social, recusando a oferta de instituições mais prestigiadas.

    Sua trajetória acadêmica na França foi interrompida quando foi convocado pelo exército francês em 1955 um pouco antes da Guerra da Argélia (1958–1962). Já na Argélia, seu trabalho era ser guarda em uma instalação militar e logo depois foi designado para o trabalho administrativo.

    Após servir o exército na Argélia foi convidado à assumir o posto de professor assistente na Faculdade de Letras em Argel. Ainda na Argélia, o sociólogo francês atuava como professor e realizou pesquisas etnográficas com os povos Cabila dos e Berberes, consolidando as bases de sua teoria antropológica. O resultado foi seu primeiro livro: “Sociologia na Árgélia” em 1958.

    No ano de 1960, passa a ser assistente do sociólogo Raymond Aron na Faculdade de Letras de Paris onde começa seus trabalhos a respeito do celibato na região de Béarn. Neste mesmo ano 1960 Pierre Bourdieu retornou para a França para ocupar o cargo de professor na Universidade de Lille onde permaneceu até o ano de 1964.

    Após isso, ainda no ano de 1964, o sociólogo foi designadopara o cargo de Diretor de estudos no que é conhecido hoje na França como “Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais” (École des Hautes Études en Sciences Sociales).

    Em 1968, ele assumiu o Centro de Sociologia Europeia (Centre de Sociologie Européenne), instituição fundada por Raymond Aron e que foi dirigida por ele até sua morte.

    Em 1981 Bourdieu passou a ocupar a Cátedra de Sociologia no Collège de France  que era antes ocupada por Raymond Aron e Maurice Halbwachs, dois grandes nomes da Sociologia.

    Em 1993 foi laureado com “Medalha dourada do centro Nacional da pesquisa científica”  CNRS ).

    Em 1996 ele recebeu o Prêmio Goffman da Universidade da Califórnia, Berkeley e em 2001 a Medalha Huxley do Instituto Antropólógico Real .

    Bourdieu morreu de câncer aos 71 anos, em 23 de janeiro de 2002.

    A biografia Bourdieu lhe tocou? Deixe um comentário. 

     

    ***

    Ouça opodcast produzido por Carolaine de Souza Silva e Vanessa da Silva Santos, ambas estudantes do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O podcast foi desenvolvido atividade da disciplina de Fundamentos Sociológicos da Educação, ministrada pelo professor Dr. Cristiano Bodart

    Tema: Pierre Bourdieu e a Educação

  • O que é Dualismo estrutural?

    O que é Dualismo estrutural?

    Dualismo estrutural

    Primeiramente, gostaríamos de destacar que no Canal Dialogando, no YouTube, o professor de Sociologia encontra material didático para suas aulas. Dito isto, neste vídeo é apresentado o conceito dualismo estrutural. Grosso modo, a ideia que será abordada é que temos dois Brasis: um Brasil moderno, desenvolvido e pungente e; o outro Brasil, arcaico e atrasado, que com desenvolvimento dificultado.

    Acompanhe a explicação desse conceito por Arione Porto e Wendell Ficher.

    Conheça os participantes do vídeo

    Arione Porto da Silva

    É aluno do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) . É ainda membro do grupo de pesquisa Federalismo, Políticas Públicas e desenvolvimento locado junto ao Instituto de Ciências Sociais da UFAL, onde tem estudado temas referentes aos conflitos ou inovações federativas bem como formulação, implementação e avaliação de política públicas.

    SAIBA MAIS SOBRE O PARTICIPANTE: http://lattes.cnpq.br/8508925972664254

    Wendell Ficher Teixeira Assis

    Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais(2002), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais(2005) e doutorado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2012).

    Atualmente é pesquisador do ETTERN/IPPUR da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor Adjunto da Universidade Federal de Alagoas.

    É revisor dos periódicos da IdeAs, Ensino & Pesquisa (UFSM), Política e Planejamento Regional, Ciência Rural (UFSM. Impresso), Ciências Sociais Unisinos, Economia e Sociologia Rural (Impresso), Civitas: Revista de Ciências Sociais (Impresso), Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (ANPUR), INTERthesis (Florianópolis), ESTUDOS SOCIEDADE E AGRICULTURA (UFRRJ), Revisor de periódico da TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE (IMPRESSO), Revisor de periódico da TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE (IMPRESSO), TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE (ONLINE) e CADERNOS METRÓPOLE (PUCSP); membro de corpo editorial da Latitude, além de revisor de projeto de fomento do Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas; revisor de projeto de fomento do Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia e Meio Ambiente.

    Atuando principalmente nos seguintes temas: Agrocombustíveis, monocultura de cana-de-açúcar, conflitos ambientais.

    SAIBA MAIS SOBRE O PARTICIPANTE: http://lattes.cnpq.br/3079023734836951

    Conheça mais o Dialogando:

    O Dialogando é um canal do YouTube gerenciado por Caio dos Santos Tavares, Graduado em Ciências Sociais (ICS-UFAL) e mestrando em Sociologia (ICS-UFAL). Antes de tudo, importa destacar que o mesmo surgiu de uma necessidade de construir um material didático que teria a utilidade do cumprimento da carga horário do Programa de Residência Pedagógica que visa a imersão dos licenciandos no ambiente escolar. Disto isto, acreditamos que esse canal  irá contribuir significativamente com o aperfeiçoamento dos futuros professores de Sociologia , também, para a qualificação do ensino de Sociologia.

    Assim, aos poucos o projeto foi ganhando forma e apoio de inúmeros alunxs e professorxs da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialmente do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Assim, nossa ideia foi a construir um dicionário de conceitos das Ciências Sociais (Ciência Política, Antropologia e Sociologia) e entrevista sobre teorias e temas que norteiam as preocupações dos cientistas sociais. Todo conteúdo áudio visual produzido pelo Dialogando teve com princípio trazer tais assuntos de uma forma clara e objetiva. Além disso, ao todo o projeto contou com a participação de 40 pessoas que se disponibilizaram a compartilhar conhecimentos das Ciências Sociais que possam contribuir com as aulas de Sociologia.

    Objetivos do canal

    Nosso canal oferece a oportunidade de uma aproximação entre a corpo docente e os discentes do ICS-UFAL com a Educação Básica. Portanto, sair dos muros da universidade e procurar transmitir o conteúdo das Ciências Sociais a sociedade civil. Assim, reforçando a importância do conhecimento das ciências sociais e eventualmente apresentando esse olhar de interpretar os fenômenos sociais a um público que não teve acesso em sua formação básica.

    Em cada vídeo é buscado, em uma forma rápida e dinâmica, apresentar conceitos e teorias fundamentais das Ciências Sociais. Esse recurso didático tem a finalidade de atingir o público do ensino médio (alunxs e professorxs), bem como, graduandos em Ciências Sociais.

    O Dialogando surge em um contexto de fortes ataques a permanência da Sociologia no ensino médio. Portanto, acreditamos que nossa iniciativa, mesmo que seja singela, possa de alguma maneira contribuir na resolução dos problemas que afligem cotidianamente a permanência da disciplina na educação básica.

    Não esqueça! Semanalmente são disponibilizados vídeos no nosso canal no You Tube, por tanto, não deixe de segui-lo.

    O projeto conta com o apoio da Universidade Federal de Alagoas e do Blog Café com Sociologia.

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  • Conceito de Regionalismo

    Conceito de Regionalismo

    Regionalismo é uma ideologia ou conjunto de ideias que defende o reconhecimento ou valorização de uma região ou grupo de pessoas com base em aspectos culturais, econômicos, políticos ou sociais. O termo pode se referir a movimentos políticos ou organizações que lutam pelo aumento da valorização de uma região em relação a um governo central, ou também pode se referir a tendências nas relações internacionais que promovem a cooperação e integração entre países ou regiões com interesses e características semelhantes.

    O que é Regionalismo?

    Por Cristiano das Neves Bodart

    Baixar AQUI a versão em PDF

    Regionalismo! Você já deve ter visto festas comunitárias que tem por finalidade resgatar a cultura de uma comunidade ou exaltá-la. Antecipadamente afirmamos que essa ação está estreitamente relacionada a questão da regionalidade.

    Parece, em tempos de globalização, que o regionalismo é algo superado, mas não é. A busca pelo fortalecimento de identidades coletivas tem se mostrado uma estratégia bastante utilizada para preservar comunidades e fomentar o turismo. Em alguns caso podendo, infelizmente, gerar um práticas xenofóbicas.

    Na verdade, as práticas xenofóbicas evidencia um lado negativo que pode ser desenvolvido pelo regionalismo associado ao preconceito e a exclusão social. Por outro lado, o regionalismo pode ser importante para o desenvolvimento de capital social, de ampliação do nível de confiança e de práticas de reciprocidades entre os sujeitos, como demonstrado por Bodart (2014) ao explorar a interface entre cooperação social e capital social.

    Conceituando…

    O que é regionalismo?Grosso modo, o regionalismo é uma manifestação ideológica, marcada por uma identidade social/cultural imposta a um grupo, seja este pequeno ou grande. O regionalismo é usado para mobilizar sujeitos em torno de questões coletivas, envolvendo sentimentos de pertencimento a um lugar ou região – daí o termo regionalismo. Assim, como força política, apresenta a possibilidade de mobilizar a sociedade em torno de um dado interesse ou de um projeto identitário da região. Normalmente, o regionalismo manifesta-se por porta-vozes, as lideranças regionais, que são legitimadas a falar em nome do grupo. É comum o uso de símbolos que ajudam a fortalecer o sentimento de pertencimento a uma região.

    Bourdieu se refere ao regionalismo como uma manifestação étnico-cultural, mas é possível analisá-la com uma óptica política, de um jogo de dominação. A identidade “consensual” podendo ser interpretada como uma afirmação das relações de poder, sendo ela a manifestação de uma visão da classe hegemônica. O regionalismo é uma expressão da luta de classe dentro do território, representando as manifestações hegemônicas ideológicas, já que, como destacaram Marx e Engels (2007), as ideias dominantes serão sempre as ideias dos grupos dominantes.

     O fenômeno do regionalismo possibilita uma abordagem dos elos entre os processos e relações internos à região e os externos a ela. A noção de região é bem delimitada pelo regionalismo. Portanto, podemos afirmar que o regionalismo proporciona a legitimidade de uma região, ainda que seus limites ou fronteiras físicas não estevam claramente delimitadas. No caso do regionalismo, as fronteiras passam a existir em função da cultura e não de elementos geográficos, tais como rios, morros, vales, etc.

    Para esclarecer equívocos

    O que é regionalismo?De antemão, é importante não confundir regionalização com regionalismo. O primeiro é marcado pela definição ou criação de regiões geográficas ou político-administrativa, enquanto que o segundo por questões culturais e de pertencimento social. A título de exemplo, temos o caso da regionalização brasileira que não representa necessariamente os regionalismos existentes. O norte do Espírito Santo, por exemplo, possui uma ligação cultura bem mais forte com o Nordeste do que com o Sudeste.

    Importa destacar que regionalismo é um fenômeno cultural e portanto criado pelos homens, sendo uma “invenção” coletivamente construída. Compreender os regionalismos demanda olhar para a história e para os processos de constituição dos grupos sociais e de suas culturas. Por isso afirmou Bourdieu (1989), o que faz a região não seria o espaço, mas o tempo e sua história.

    A temática do regionalismo está muito presente nos estudos literários, justamente por ser a literatura brasileira marcada por regionalismos, dando-lhes estilos e formas próprias, seja por tratar desse tema. Antônio Candido (1971), por exemplo, atribui ao regionalismo um papel importante na constituição da literatura nacional.

    Referências

    CANDIDO, Antonio. Os parceiros do Rio Bonito. São Paulo, Duas Cidades. 1971. 

    BODART, Cristiano das Neves Bodart. Teoria da Escolha Racional e Capital Social: aproximações produtivas na compreensão de dilemas da ação coletiva? Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 2, v. 2, n. 4, 2014, p. 51-64.

    BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 1989.

    ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo,. 2007.

     

     

     

    Forma de citar este material:

    BODART, Cristiano das Neves. O que é regionalismo. Blog Café com Sociologia, Maceió/AL, p.1-6, ago. 2020. Disponível em: < https://cafecomsociologia.com/conceito-de-regionalismo/ > .

  • Igualdade natural, desconfiança e o homem lobo na obra de Hobbes

    Igualdade natural, desconfiança e o homem lobo na obra de Hobbes

    Hobbes

    Por Caique de Oliveira Sobreira Cruz

    Versão em PDF AQUI
    Introdução

    Thomas HobbesOs três elementos citados no título deste artigo são aspectos presentes na tese do filósofo inglês Thomas Hobbes (1588- 1679) acerca da questão política. Na ordem em que foram mencionados eles estarão entrelaçados e um vai gerar o outro, em uma relação de derivação, a “igualdade natural” vai fomentar a “desconfiança” e, por fim, esta vai fazer desaguar a famosa “guerra de todos contra todos”, uma cadeia de causalidade lógica que o autor montou, demonstrando um certo logicismo advindo da sua posição de “racionalismo jusnaturalista”, conforme visto em (BOBBIO, 2003, p. 82).

    A igualdade natural

    Para Hobbes, a humanidade até o seu período histórico, nos séculos XVI e XVII, teria vivido em dois estados políticos diferentes, o “Estado de natureza” e o “Estado civil”. O primeiro seria aquele no qual os homens são livres e iguais, tendo direito a todas as coisas que existem, sem nenhuma hierarquia, o autor chega a dizer, em Hobbes (2002, p. 29), que todas as desigualdades entre os humanos seriam causadas pelas “leis civis” que criamos por intermédio de um “pacto social”, ou seja, na natureza todos os homens teriam direito a tudo, como um “direito natural” e teriam as mesmas condições de conseguir, seja pela força, pela inteligência ou por se agrupar com outros para obter êxito em sua empreitada. Neste sentido que se fala na “igualdade natural”, jogados ao mundo natural sem estratificações sociais todos estão no mesmo patamar para o filósofo, vejamos:

    A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar, tal como ele. Porque quanto à força corporal o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo. […] Quanto às faculdades do espírito […] encontro entre os homens uma igualdade ainda maior do que a igualdade de força. […] Desta igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade quanto à esperança de atingirmos nossos fins (HOBBES, 2003).

    Já o “Estado civil”, seria uma entidade “artificial” criada pelos indivíduos para evitar o último estágio da “guerra entre todos”, com o homem sendo analogicamente um lobo que caça a sua própria espécie. Tal situação foi apresentado por Bodart (2013) aqui no Blog Café com Sociologia.

    De acordo com Bernardes (2002, p. 12), Hobbes é influenciado pela física de Galileu e a geometria Euclidiana com as suas verdades a priori. Segundo Hobbes, aquilo que está em repouso tende a ficar em repouso, e o que tende a estar em movimento continua sem parar. O movimento dos corpos humanos na direção das “satisfações” tende ao infinito, se não for freado. Todos os homens em movimento pelo “desejo” irão parar, pois se chocarão com outro objeto que também está inercialmente em movimento, qual seja, outro homem. Diante deste choque, os humanos começam a se associar uns aos outros para poderem continuar em movimento, atentando contra os que os impede. “Nenhum homem duvida da verdade da seguinte afirmação: quando uma coisa está em repouso, permanecerá sempre em repouso, a não ser que algo a coloque em movimento” (HOBBES, 2003, p. 17).

    A desconfiança

    Justamente por essa dita igualdade, “inerente” à “natureza humana”, é que o autor vai pensar que isto vai levar os homens a terem “desconfiança” uns dos outros, pois se são iguais e tem condições paritárias, cada pessoa tem a possibilidade de conquistar tudo o que a outra conseguiu e até mesmo tomar tudo o que ela possui, neste ponto, por antecipação, os seres humanos teriam “desconfiança” de seus semelhantes, pois a qualquer momento poderiam ser saqueados, atacados e até mortos, então pensam em se prevenir e atacar antes para se precaver de serem atacados.

    Não havendo nenhum tipo de segurança, o desespero seria constante e iminente, cada um tentaria subjugar quantos fossem possíveis até que conseguisse alcançar um patamar de estabilidade que não poderia mais ser atingido pelos demais. Nas palavras do autor: “E contra esta desconfiança de uns em relação aos outros, nenhuma maneira de se garantir é tão razoável como a antecipação; isto é, pela força ou pela astúcia, subjugar a todos os homens que puder, durante o tempo necessário” (HOBBES, 2003).

    O homem lobo

    Portanto, a “igualdade natural” dos seres humanos no estágio do “Estado de natureza”, para Hobbes, iria gerar inexoravelmente a “desconfiança” entre todos os envolvidos e, por isso, estaríamos vivendo em um eterno ciclo de “guerra de todos contra todos” ou como ele mesmo denomina “o homem é o lobo do homem” (frase que já havia sido cunhada pelo romano Plauto (254-184 a.C), “homo homini lupus”), sem cessar, pela competição, desconfiança e glória, uma discórdia infinita. Com esses nexos causais, o homem como lobo alcança uma forma de quase inatismo em relação à ‘natureza humana”, sendo uma circunstância inevitável diante do quadro de sequências: igualdade, desconfiança e guerra entre todos. Os conflitos dados seriam, então, derivados da própria ganância humana e de seu espírito beligerante.

    Considerações finais

    Hobbes conclui, desta forma, que seria necessário, para manter a segurança de todos os indivíduos e dos seus patrimônios, que houvesse, por meio de um “contrato social”, a construção de um “Estado civil” forte para impor “leis naturais” que pudessem garantir o desenvolvimento e a vida dos agrupamentos humanos. Sendo esta forma-política não uma criação divina ou um direito designado aos reis por forças sobrenaturais, mas sim, uma criação dos próprios homens instituindo um organismo “artificial” revestido de autoridade necessária para conter a guerra entre os indivíduos.

    Diante de todo o exposto, seria possível, enquanto atividade pedagógica, extrair uma espécie de conceito de “Justiça” das conclusões hobbesianas, comparando-o com a tese de “Glauco”, exposta no Livro II de “A república” de Platão, exemplificada através do “mito do anel de Giges” (anel que teria o poder de deixar pessoas invisíveis, neste caso, quem o usasse cometeria qualquer tipo de atrocidade, pois nunca seria descoberto e nem punido).

    Para “Glauco”, a “Justiça” deve ser fundamentada no medo da punição, caso contrário, todos irão agir para obter vantagens em detrimento dos demais, uma espécie de “homem lobo” que só pode ser parado por forças externas a ele, assim como visto em Hobbes. Estas e outras intersecções entre pensamentos são exercícios imprescindíveis para que se possa compreender qualquer conceito em sua devida complexidade, evitando a leitura de autores de maneira isolada, sem destacar elementos anteriores ou paralelos que podem ter dado base a algum conceito de sua teoria, complementando-a.

    Referências bibliográficas

    BERNARDES, Julio. Hobbes e a liberdade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

    BOBBIO, Norberto. O filósofo e a política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003.

    BODART, Cristiano das Neves. O homem nasce bom e a sociedade o corrompe ou o contrário? Blog Café com Sociologia, 2013.

    HOBBES, Thomas. Do cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

    _______. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

     

     

     

     

     

     

    Sobre confiança e desconfiança entre os homens, indicamos o artigo CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DOS JOGOS, DA ESCOLHA RACIONAL E DO CONCEITO DE CAPITAL SOCIAL PARA O ESTUDO DA COOPERAÇÃO ENTRE SOCIEDADE E PODER PÚBLICO LOCAL.

     

     

     

     

     

  • O que é Ciberespaço?

    O que é Ciberespaço?

    CIBERESPAÇO: VOCÊ NÃO É LIVRE NAS REDES SOCIAIS

    No vídeo desta semana do Dialogando que é canal do YouTube que professor de sociologia encontra material didático para suas aulas. Será apresentado pelo professor Paolo Totaro o conceito Ciberespaço.

    Devemos enfatizar a relevância desse conceito, pois As redes sociais na sociedade contemporânea vêm assumindo um importante papel na vida cotidiana dos indivíduos. Cada usuário dessas plataformas digitais procura manuseá-las conforme seus interesses. Tais espaços digitais oferecem inúmeras oportunidades de entretenimento jamais vistas na história da humanidade.

    O Facebook é a rede social que possui o maior número de usuários no mundo e define o seu objetivo em sua página oficial: “oferecer às pessoas o poder de partilhar, tornando o mundo mais aberto e interligado” (FACEBOOK, 2013). A ideia é de um espaço virtual descentralizado que oferece a possibilidade aos internautas acessarem diversos conteúdos sem serem submetidos a alguma atividade de controle heterônoma.

    Contudo, pesquisadores do campo das novas tecnologias (PARISER, 2012, FAVA, JÚNIOR, 2014) indicam que essa ideia não condiz com a realidade, pois essa plataforma digital utiliza algoritmos que contribuem para reduzir a diversidade de informações e interações criando a chamada “bolha de filtro” que impacta dinamicamente na formação ontológica dos usuários da rede social, já que a filtragem acontece não de modo unilateral, mas na forma da interação, com o algorítmico que se adapta, e até estatisticamente prevê, as inclinações pessoais do usuário a partir de seus “cliques” com base nas suas escolhas anteriores. Temos com isso, uma forma de dominação que não acontece por meio de discurso, mas por via da performatividade dos indivíduos ao clicarem em conteúdos filtrados que são oferecidos apenas aquilo que agrada, criando para cada usuário um ambiente que não entra conteúdo oposto daquilo que ele gosta. Em consequência disso, esse sujeito se isola em si.

    Conheça o participante do vídeo

    Paolo Totaro
    É Doutor em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)/RS e pós-doutor pela UNISALENTO (Itália) através do Programa de Pós-doutorado no Exterior financiado pela Capes. Atualmente é Professor Adjunto e membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-graduação em Sociologia – Instituto de Ciências Sociais (ICS), Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Foi pesquisador pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNISINOS para o desenvolvimento do projeto “Laboratório de políticas culturais e ambientais no Brasil: gestão e inovação”, financiado pela CAPES/FAPERGS. Professor titular de Matemática Aplicada pelo Ministero Istruzione Università e Ricerca (MIUR) da Itália (1984-2004). Atua principalmente nas áreas seguintes: estudos críticos sobre os algoritmos, cultura do consumidor, epistemologia e metodologia quantitativa das ciências sociais

    SAIBA MAIS SOBRE O PARTICIPANTE: http://lattes.cnpq.br/5573951313112255
    Conheça mais o Dialogando:

    O Dialogando é um canal do YouTube gerenciado por Caio dos Santos Tavares, Graduado em Ciências Sociais (ICS-UFAL) e mestrando em Sociologia (ICS-UFAL). Surgiu de uma necessidade de construir um material didático que teria a utilidade do cumprimento da carga horário do Programa de Residência Pedagógica que visa a imersão dos licenciandos no ambiente escolar contribuindo significativamente com o aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado nos cursos de licenciatura.

    Aos poucos o projeto foi ganhando forma e apoio de inúmeros alunxs e professorxs da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialmente do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Nossa ideia foi a construir um dicionário de conceitos das Ciências Sociais (Ciência Política, Antropologia e Sociologia) e entrevista sobre teorias e temas que norteiam as preocupações dos cientistas sociais. Todo conteúdo áudio visual produzido pelo Dialogando teve com princípio trazer tais assuntos de uma forma clara e objetiva. Ao todo o projeto contou com a participação de 40 pessoas que se disponibilizaram a compartilhar conhecimentos das Ciências Sociais que possam contribuir com as aulas de Sociologia.

    Objetivos do canal

    Nosso canal oferece a oportunidade de uma aproximação entre a corpo docente e os discentes do ICS-UFAL com a Educação Básica. Portanto, sair dos muros da universidade e procurar transmitir o conteúdo das Ciências Sociais a sociedade civil. Assim, reforçando a importância do conhecimento das ciências sociais e eventualmente apresentando esse olhar de interpretar os fenômenos sociais a um público que não teve acesso em sua formação básica.

    Em cada vídeo é buscado, em uma forma rápida e dinâmica, apresentar conceitos e teorias fundamentais das Ciências Sociais. Esse recurso didático tem a finalidade de atingir o público do ensino médio (alunxs e professorxs).

    O Dialogando surge em um contexto de fortes ataques a permanência da Sociologia no ensino médio. Portanto, acreditamos que nossa iniciativa, mesmo que seja singela, possa de alguma maneira contribuir na resolução dos problemas que afligem cotidianamente a permanência da disciplina na educação básica.

    Não esqueça, semanalmente são disponibilizados vídeos no nosso canal no You Tube, por tanto, não deixe de segui-lo.
    O projeto conta com o apoio da Universidade Federal de Alagoas e do Blog Café com Sociologia.

    Contatos:

    Facebook: facebook.com/caiosantosdialogando
    E-mail: [email protected]

    Instagram: https://www.instagram.com/caiodossantostavares/
    Inscreva-se no canal no YouTube!
    DIALOGANDO ➡ #COMPARTILHANDOCONHECIMENTO?

    REFERÊNCIAS:

    PARISER, Eli. O filtro invisível: o que a internet está escondendo de você. Rio de Janeiro: Zahar, 2012

    FACEBOOK. Key Facts. Facebook Newsroom, junho de 2013. Disponível em: . Acesso em: 02 de ago. 2020.

    FAVA, Gihana Proba; PERNISA JÚNIOR, Gihana. Filtros Bolha nos Algoritmos do Facebook: Um Estudo de Caso nas Eleições para Reitoria da UFJF.Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Foz do Iguaçu, PR – 2 a 5/9/2014. Disponível em: .Acesso em 12 jul 2020.

     

     

     

  • O que é desigualdade racial + video

    O que é desigualdade racial + video

    Desigualdade racial, consequência do racismo

    Por Roniel Sampaio-Silva

     

    A desigualdade racial é um dos grandes problemas sociais que se agrava cada vez mais em diversas sociedades como a do Brasil e nos EUA. Neste texto entenderemos melhor o que é desigualdade social e porque este tema é importante de ser estudado na escola. Este texto é basicamente dividido em duas partes. A primeira conceitua racismo e a segunda discorrerá brevemente sobre desigualdade racial.

    Breve conceito de raça

    As nossas diferenças culturais cria uma distorção individual e coletiva que faz com que os indivíduos acreditem que seus padrões culturais são universais. Portanto, somos levados a crer pelo nosso grupo cultural que somos superiores. Este é o conceito antropológico fundamental chamado de etnocentrismo. 

    Como se não bastasse o etnocentrismo que aprendemos com nosso grupo, aprendemos também a categorizar os outros grupos a partir de características físicas e culturais: cor de pele, modo de se vestir, modo de comer, tipo de cabelo, formato do nariz etc. Essas características que os grupos dominantes imputam arbitrariamente aos demais formam um conjunto de características e atributos que rotulam os demais grupos e lhes categorizam como como raça. Do ponto de vista da biologia, não existe raça porque nossas características genéticas e fenotípicas são desprezíveis em relação a outros animais na natureza. Raça, portanto é uma construção social que um grupo dominante impõe sobre os demais.

    No caso do Brasil, nossas matrizes raciais, obviamente raça aqui entendida de forma sociológica é composta pelos colonizadores portugueses, pelos diversos povos nativos que aqui já habitavam e pelos outros diversos povos escravizados e trazidos da África. A relação entre essas três matrizes culturais, africana, indígena e europeia é absolutamente assimétrica, ou seja, um desses povos tinha muito mais poder sobre os demais e assim lhe impunham condições, rótulos e dominavam a narrativa do que cada dessas matrizes raciais representava. O imaginário de que o índio é preguiçoso, os africanos são agressivos e que os europeus são inteligentes é um longo processo histórico cuja narrativa e as condições materiais estiveram em favor dos povos europeus, dominantes.

     Todo esse processo histórico acarretou em uma distribuição desigual dos recursos, da terra, dos serviços, da autodeterminação, da história, da memória e teve consequências sociais que reverberam até hoje.

     

     Desigualdade racial

    A desigualdade racial é uma consequência material e simbólica de um sistema de dominação de uma raça sobre a outra. Tal forma de dominação só é possível baseada na crença de que existe uma raça superior, merecedora e controladora dos recursos, serviços e discurso. Neste sentido, a dominação de raças se sustenta tanto no aparato da superestrutura como da infraestrutura.  A economia, o Estado, a política, as instituições de ensino, a igreja conspiram em favor dos detentores do poder, seja eles do poder econômico propriamente em si, seja dos que compartilham do pertencimento ao mesmo grupo racial dominante. Desse modo, tanto as condições econômicas materiais quanto a noção de superioridade de raça ajudam a perpetuar o racismo no qual se reverbera na forma de desigualdades raciais. 

    A título de exemplo, negros e índios tiveram pouco acesso a terra no país. O infográfico do censo agropecuário de 2017 nos ajuda a ter essa noção.

    desigualdade racial no campo
    Créditos do infogrático Caroline Souza, Gabriel Zanlorenssi e Lucas Gomes

    Negros

    Apesar dos negros terem trabalhado arduamente na terra, eles estão longe de estarem na dianteira da distribuição de Terras no país. A “lei das terras” , como ficou conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850 teve por objetivo organizar a propriedade privada no país e foi fruto da pressão das oligarquias rurais brasileiras para dificultar o acesso a terra por negros. Apesar da lei da abolição datar de 1888, a lei das terras foi criada no mesmo ano da Lei Eusébio de Queiroz que sinalizava que negros poderiam reivindicar terras.

    Indígenas

    Os povos indígenas apesar de já estarem aqui antes dos colonizadores ,até hoje não possui a propriedade da terra. A Constituição lhes dão a posse da terra e a legislação dá abertura para que essas áreas possam ser anexadas por grileiros e posseiros ilegais. 

    Europeus e seus descendentes

    Como podemos ver no infográfico os brancos possuem a maior parte da terra. Tal desigualdade é resultado de um processo histórico que lhes trouxe vantagens em seus ancestrais terem escravizado outros povos e submetê-los as condições que vemos facilmente hoje.

    Considerações finais

    O acesso a bens e serviços dão certas vantagens materiais que permitem que os dominantes ampliem sua reserva não apenas de capital econômico, mas também capital cultural e social. Desse modo, as regras do jogo lhes dão vantagens que os tornam mais prósperos na pirâmide social. À vista da sociedade, essas pessoas são sempre mais competentes que os demais por terem acesso a estas vantagens históricas e tal percepção simbólica amplia o racismo ainda mais.

    Talib Kweli

    “Nenhuma pessoa branca que vive hoje é responsável pela escravidão. Mas todos os brancos vivos hoje colhem os benefícios dela, assim como todos os negros que vivem hoje têm as cicatrizes dela.” Talib Kweli, rapper americano

     

     

     

     

    Material didático

    “A Construção da Igualdade — História da Resistência Negra no Brasil”, o vídeo contribui na a aplicação da Lei nº 10.639, que torna obrigatória a inclusão, no currículo das escolas, o estudo da História da África e Cultura Afro-brasileira. Trás depoimentos de acadêmicos, escritores, artistas em geral e ações do movimento negro”.

    Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, vinculação partidária ou religiosa. Foi fundada no Rio de Janeiro, em 1989, por ex-internos da extinta Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem), com a ajuda de representantes da comunidade negra e do movimento de mulheres.
  • Disponível o “Dicionário do Ensino de Sociologia”

    Disponível o “Dicionário do Ensino de Sociologia”

    Dicionário do Ensino de Sociologia

    Cristiano das Neves Bodart

    Dicionário do ensino de sociologiaA Obra

    Organizada por Antonio Alberto Brunetta (UFSC), Cristiano das Neves Bodart (UFAL) e Marcelo Pinheiro Cigales (UnB), a obra traz contribuições de 82 autores/as de 49 instituições de ensino básico e superior das cinco Regiões brasileiras. Ao todo são 85 verbetes selecionados pelos organizadores que tomaram como critério de escolha suas presenças e interfaces com as pesquisas do subcampo do ensino de Sociologia.

    O contexto

    O contexto de produção da obra é marcado por uma recente ampliação da pesquisa acadêmica em torno da Sociologia escolar e sua presença no ensino médio, esta tendo ocorrido por força da Lei 11.684, de 2008, embora tivesse já presente em documentos e normativas de todos os estados, inclusive muitos já ofertando a disciplina (BODART; AZEVEDO; TAVARES, 2020). Contudo, a despeito dessa presença, a Reforma do Ensino Médio (2017) trouxe novos riscos de exclusão da disciplina, tendo demandado a mobilização de grupos organizados, como a Associação Brasileira do Ensino de Ciências Sociais (ABECS) (BODART; PEREIRA, 2017), apoiadora desta obra.

    Onde comprar a versão física com preço acessível

    Reconhecendo que uma obra como esta não pode se perder entre milhares de arquivos que baixamos na internet, optamos por disponibilizar também para aquisição física (vale muito a pena ter a versão física). Assim, o “Dicionário do ensino de Sociologia” está sendo vendido sem obtenção de lucro por parte da editora, dos autores ou organizadores da obra, o que torna seu valor bem abaixo de outras obras com as mesmas dimensões físicas e intelectuais. O que seria o lucro da editora foi convertido em redução do valor (de 72,00 reais para 43,90).

    A obra pode ser adquirida nas seguintes livrarias (observe que há valores distintos para o frete):

    Amazon (AQUI) – Geralmente tem o frente mais barato

    Submarino (AQUI)

    Americanas (AQUI)

    Onde baixar o pdf gratuitamente

    A obra está sendo disponibilizada no Blog Café com Sociologia de forma gratuita. Pedimos apenas que não repassem o pdf baixado para outras pessoas, devendo cada interessado baixar diretamente no site. Assim, pedimos que divulgue o link e não o pdf. Tal solicitação visa a contabilização do números de interessados na obra, informação importante para definições de futuros projetos como este, inclusive a publicação de um possível volume 2. Contamos com a colaboração.

    Baixe AQUI

     

    Proposta da obra

    A obra foi pensada a fim de sistematizar o que vem sendo pesquisado e colaborar para a formação de futuros professores, bem como colaborar para na visibilidade do tema e a maior qualificação da Sociologia escolar ofertada no ensino médio brasileiro. O Dicionário do Ensino de Sociologia é um instrumento de consulta acadêmica e escolar que pode ser acessado pela comunidade interessada nesse campo de conhecimento, veja em sua versão pdf ou física.

    Estrutura dos verbetes

    Em geral, os verbetes apresentam uma breve conceituação do tema que faz interface com o ensino de Sociologia para, depois, apresentar um balanço do que vem sendo pesquisado sobre o tema no subcampo do ensino de Sociologia. A terceira parte dos verbetes destinam-se a apontar alguns rumos para futuras pesquisas. As referências bibliográficas são listadas ao fim da obra, juntamente com lista dos documentos citados e índice remissivo.

    O lançamento

    O lançamento da obra ocorreu no dia 20 de julho no Canal do Youtube do Café com Sociologia (https://www.youtube.com/watch?v=PG1OvZkbHUw), tendo tido uma audiência ao vivo de cerca de 370 pessoas e 1.600 visualizações no vídeo em 24 horas. O lançamento contou com a participação de três autores (Ileizi Fiorelli Silva, Maria Valéria Barbosa e Luiz Fernandes de Oliveira), além dos organizadores da obra.

    Referência

    BODART, Cristiano das Neves; AZEVEDO, Gustavo Cravo; TAVARES, Caio dos Santos. Ensino de Sociologia: processo de reintrodução no ensino médio brasileiro e os cursos de Ciências Sociais/Sociologia(1984-2008). Debates em Educação, Maceió, v.12, n.27, p. 214-235, mai/ago. 2020.

    BODART, Cristiano das Neves; PEREIRA, Thiago Ingrassia. Breve balanço do subcampo “ensino de Ciências Sociais” no Brasil e o papel da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais – ABECS. Cadernos da Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (CABECS), Rio de Janeiro, v.1, n.1, jan./jun. 2017.

    BRUNETTA, Antonio Alberto; BODART, Cristiano das Neves; CIGALES, Marcelo Pinheiro. Dicionário do ensino de Sociologia. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2020.

     

    O Dicionário pode ser lido ou baixado em PDF AQUI